O respeito às diferenças deve se estender para todas as áreas do saber humano, desde a infância até a vida adulta. Dentro deste conceito, é possível identificar a empatia como um comportamento essencial para que possamos compreender o outro e, consequentemente, respeitá-lo. No entanto, isso só é praticável quando existe a compreensão da igualdade e da diferença simultaneamente.
Durante o Congresso Internacional de Educação, o mestre e doutor em Ciências (Fisiologia Humana) pela Universidade de São Paulo, Luiz Renato Rodrigues Carreiro, palestrou para os congressistas sobre o tema e norteou sua apresentação com foco na “Empatia e educação inclusiva: compreensão integral do aluno e formação docente”.
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Na ocasião, o psicólogo e coordenador do Programa de Pós-graduação Stricto-Sensu em Distúrbios do Desenvolvimento, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, evidenciou o conceito de empatia e como esse comportamento influencia diretamente no aprendizado dos alunos. Ele também ressaltou a necessidade de uma “qualidade de ensino que respeite as diferenças.”
Em seguida, o palestrante, se atentando aos mínimos detalhes para a compreensão de todos, explicou que o papel do professor é essencial para que o respeito às diferenças se estenda para as salas de aula, uma vez que “o aluno, para desenvolver suas habilidades acadêmicas, precisa de suas habilidades socioemocionais”. Ainda, destacou que o educador deve praticar a empatia e se colocar no lugar do estudante para entender quais dificuldades ele apresenta.

De uma forma sucinta e clara, o psicólogo esclareceu que o processo de aprendizagem deve ser coletivo e eficaz, e isso só é possível com a habilidade de “reconhecer os sentimentos do outro e solidarizar com ele ” e ter a consciência de que “as minhas escolhas envolvem os meus desejos, mas também o respeito coletivo”. Desse modo, se estabelece um ambiente escolar harmônico e que facilita o aprendizado formal dos alunos.
Posteriormente, o palestrante elucidou que as condições de vulnerabilidade (social ou econômica) impactam diretamente no comportamento do aluno na escola e que a sala de aula pode funcionar como um grande suporte para esse estudante.
Ou seja, o colégio deve representar um ponto de mudança, e uma forma de alcançar isso é por meio da empatia que “reduz a desigualdade social e é um fator protetor frente a vulnerabilidade”.
Concluindo sua palavra, o mestre e doutor em Ciências ressaltou que a promoção de um comportamento social e coletivo nas escolas desenvolve uma cultura de paz, portanto, “empatia é fundamental para uma educação inclusiva”.