Mãe e profissional

Atendimento da LBV ajuda a mulher a vencer dupla jornada e melhora qualidade de vida de toda a família

Conciliar a maternidade com a carreira profissional, sem que seja necessário abrir mão de uma ou de outra, ainda é um grande desafio enfrentado pela mulher em pleno século 21. A pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira — Rotatividade no Mercado de Trabalho”, divulgada, em 2016, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), constatou essa realidade ao mostrar que 23% das brasileiras entrevistadas deixaram o último emprego para tomar conta de filhos ou de parentes, motivação que ficou atrás apenas do salário baixo, causa apontada por 24% delas. 

Jean Carlos

A falta de vagas na educação infantil foi outro fator indicado pelo levantamento para a saída do gênero feminino do mercado de trabalho. Estima-se que pais e/ou responsáveis de 7,5 milhões de crianças de até os 3 anos de idade não encontrem vagas em creches e pré-escolas públicas para elas, sendo necessários mais de 8 milhões de vagas se for considerada a faixa etária de até os 5 anos.

Nos Estados Unidos, os problemas enfrentados pela população feminina para conciliar o trabalho com a vida particular (família e filhos) são praticamente os mesmos. Em 2013, a proporção de mulheres casadas e com filhos de até os 6 anos de idade empregadas era inferior (59,4%) à de homens em iguais condições (91,3%), conforme revelou o Departamento do Trabalho desse país. 

Sabe-se que mães das classes sociais baixa e média são as que mais sofrem para conseguir uma vaga para seus filhos na escola. Isso porque famílias consolidadas financeiramente têm condições de pagar serviços de creches particulares, babás e enfermeiras, enquanto, nas demais camadas, a responsabilidade para com crianças e idosos recai sobre as próprias mulheres. Saadia Zahidi, chefe para iniciativas de gênero e emprego da organização Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), ao comentar o relatório divulgado pela Entidade em outubro de 2016, defendeu ser “necessário oferecer a elas uma rede de apoio social que as liberte para o trabalho”.

Atenta a essas questões, a Legião da Boa Vontade segue com seu trabalho socioeducacional destinado a pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social e ao empoderamento feminino em todas as fases da vida, proporcionando a milhares de mulheres assistidas oportunidades de buscar autonomia e o suporte de que precisam para que superem a pobreza, a fome, a violência doméstica e outros desafios. 

Acolhimento e oportunidade

Egeziel Carlos

Leticia de Moura Gomes é Gestora do Centro Comunitário de Assistência Social da LBV em Goiânia/GO, no Brasil, e fala da experiência de ter sido atendida pela Entidade e de, atualmente, participar do trabalho socioeducacional dela:

“Conheci a Legião da Boa Vontade com 3 anos de idade. Venho de família simples. Minha mãe, muito jovem, lutava para criar as filhas sozinha, trabalhando como empregada doméstica. Foi na LBV que recebemos o apoio de que tanto precisávamos naquele momento. Recordo-me como era importante, para nós, aquele atendimento, não só por termos um local para ficar, mas pelos cuidados, pelo amor e pelo carinho, que é o diferencial da LBV.

“Minha irmã e eu fazíamos todas as refeições do dia na Instituição (…). Saíamos satisfeitas e bem alimentadas, não só do corpo, mas também da Alma. Nossa mãe podia trabalhar tranquila, pois tinha a certeza de que estávamos bem cuidadas e protegidas. Esse período fez toda a diferença em nossa vida, em nossa formação humana. (…)

“Por causa de nossa difícil situação financeira, minha mãe teve de abrir mão do convívio com as filhas, e minha irmã e eu fomos morar com uma tia no interior de Goiás, no Brasil. (…) Aos 27 anos, a Legião da Boa Vontade voltou a fazer a diferença para mim: candidatei-me a uma vaga para coordenar um programa de esporte na LBV. Na Instituição, cresci profissionalmente, adquiri experiência e qualidade de vida e, hoje, tenho a oportunidade de conviver diariamente com pessoas que, assim como minha família, buscam na Entidade a ajuda necessária para garantir os direitos. Sei como é importante esse amparo para cada uma delas. Juntos, compartilhamos do mesmo sentimento de gratidão por tudo que a Organização representa em nossa existência.

“Muito obrigada, LBV! Muito obrigada, querido Irmão Paiva! Agradeço também aos colaboradores, que mantêm esse valioso trabalho. Convido todos a conhecer de perto a Instituição. ”

APOIO À MULHER NA ARGENTINA

Carlos César Da Silva

A LBV da Argentina realiza em Buenos Aires uma série de ações que melhoram a qualidade de vida das pessoas amparadas por ela. Em 2016, a Instituição prestou mais de 673 mil atendimentos e benefícios nessa nação, número que representa um aumento de 11,5% em relação ao prestado no ano anterior

Das quatro unidades na capital argentina, duas são destinadas a crianças: a Escola Infantil Jesus e a Escola Infantil São Francisco de Assis. Ambas fazem parte do programa Centro da Primeira Infância, do governo portenho, e propiciam gratuitamente, das 8 às 16 horas, educação integral, quatro refeições diárias, cuidados com a saúde e atividades pedagógicas a meninas e meninos em situação de pobreza.

Carlos César Da Silva

Para as mães, contar com esse apoio faz toda a diferença, como no caso de Iara Charis Jawor, cuja filha, Martina Camila Salcedo, de 4 anos, frequentou a Escola Infantil São Francisco de Assis. Nos dois anos em que a menina esteve no estabelecimento de ensino, muitas mudanças positivas foram observadas no comportamento dela, entre as quais o fato de se ter tornado mais independente e sociável. “Martina é feliz na LBV. (…) Graças à escola, também pude melhorar em meu trabalho, porque ela é feliz com seus amigos no colégio. (…) É uma escola que integra a família, e isso é bom, porque vemos o carinho que a Instituição tem pelas crianças e pelos familiares delas também”, afirmou.

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