A gravidez na adolescência e suas consequências oferecem inúmeros riscos à gestante.
Apesar disso, no total de crianças nascidas no Brasil, cerca de 20% são filhas de meninas com 19 anos ou menos.
É um número bem alto, com certeza.
Quem se encontra nesta situação, provavelmente, tem muitas perguntas sobre as consequências da gravidez na adolescência.
Principalmente no que diz respeito à saúde da gestante, visto que seu corpo, ainda em formação, irá gerar outro ser.
Todas são questões que precisam ser esclarecidas.
Neste post, você encontrará tudo sobre gravidez precoce.
Logo abaixo, você também encontrará nosso infográfico sobre gravidez na adolescência e suas consequências.
Gravidez na Adolescência e suas consequências a adolescentes latino-americanas
O Brasil está entre os 50 países com maior índice de fecundidade precoce.
Aliás, países da América Latina e do Caribe possuem alguns dos maiores índices do mundo quando se trata de gravidez na adolescência.
Em média, são 72 nascimentos a cada mil partos de jovens grávidas com idade entre 15 e 19 anos.
A região só perde para países da África Subsaariana e do Sul da Ásia (com 108 e 73 nascimentos, respectivamente).
Segundo o Banco Mundial, responsável por publicar esse estudo em 2013, as causas para esses resultados podem aumentar significativamente por causa de alguns motivos.
Entre eles: pobreza, baixa qualidade do ensino, separação dos pais ou por parentes que também engravidaram jovens (especialmente mães e irmãs).
Ao mesmo tempo, há uma correlação entre a maternidade antecipada e poucas oportunidades de trabalho.
Isso significa dizer que a gravidez na adolescência e suas consequências serão prolongadas por longo tempo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) indica que o Brasil perde 7 bilhões de reais por ano por causa da gravidez na adolescência e as suas consequências.
Conscientizar desde cedo

A Legião da Boa Vontade (LBV) busca conscientizar as meninas e também os meninos que atende em todo o país, em seus Centros Comunitários e Escolas.
Investir no diálogo é a primeira e principal atitude para ser tomada.
Essa ação não deve ser tomada apenas por professores e orientadores, como também por pais e responsáveis dos adolescentes.
É necessário fazê-los compreender quais são os perigos que existem com o ato sexual sem proteção, que vão muito além da gravidez precoce.
Há muitas formas de se prevenir da gestação não-planejada, porém, para não ter a surpresa de contrair doenças sexualmente transmissíveis, as DSTs (a exemplo da Aids), somente há uma: sexo com proteção.
As consequências são terríveis, e podem ser fatais.
Por isso, os pais devem conversar com os filhos para se proteger.
Mas e quando a gravidez na adolescência já é uma realidade? O que fazer?
Quais são os caminhos que os jovens devem tomar? E quais as consequências da gestação precoce?
Continue lendo este artigo e saiba tudo sobre gravidez na adolescência.
Veja abaixo também o nosso infográfico sobre as consequências da gravidez precoce.
Mães de primeira viagem: Perguntas sobre gravidez na adolescência
A gravidez na adolescência e suas consequências geram enorme responsabilidade sob as costas daquela menina e daquele menino que, de uma hora para outra, precisam se ver como pais.
Temos de admitir: os jovens, na faixa etária até os 19 anos, provavelmente não estão preparados emocionalmente e nem mesmo financeiramente para assumir essa tarefa.
Entenda algumas perguntas sobre gravidez na adolescência.
Causas da gravidez na adolescência
É difícil estabelecer um motivo único para a gravidez na adolescência.
Uma das causas é a sexualidade precoce — e nisso entra o estímulo da mídia e o erotismo cada vez mais precoce.
Outro fator importante é a escolaridade. Existe uma evasão escolar muito grande e um desinteresse pela escola por parte dessas adolescentes.
A falta da figura do pai, que representa a autoridade em muitos casos, pode influenciar.
Essas situações podem acarretar uma gestação precoce, mas não apenas essas situações.
Existem outras que são igualmente importantes. Fundamental mesmo é esclarecer e conscientizar os adolescentes a se prevenir.
Mais abaixo, você pode ver o nosso infográfico. Continue lendo este post para saber tudo sobre gravidez na adolescência.
As mães adolescentes, a escola e o mercado de trabalho

Adolescentes que se tornaram mães estudam menos e possuem menores chances de sucesso no mercado de trabalho.
Se não abandonaram o colégio antes da gravidez, infelizmente, depois, uma grande parcela de adolescentes acaba abandonando a escola.
Cerca de 75% das adolescentes com filhos estão fora da escola.
Já uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo que acompanhou adolescentes durante seis meses identificou que 75% das adolescentes mães não trabalham.
Destas, 33% alegaram que não haviam conseguido emprego e 37% que a principal ocupação delas é cuidar dos filhos.
Não podemos deixar de relacionar, entretanto, a baixa escolaridade com as poucas oportunidades abertas no mercado de trabalho.
Principais riscos da gravidez na adolescência e suas consequências

A gravidez na adolescência é uma gestação de risco.
Especialmente para as meninas que engravidam com idades mais precoces, abaixo dos 15 anos.
As adolescentes correm mais riscos de ter a pré-eclâmpsia, um distúrbio que aumenta a pressão arterial e força o parto prematuro.
Com a incidência maior de adiantar o trabalho de parto, as consequências não são apenas para a mãe, mas principalmente para os recém-nascidos.
A gravidez na adolescência ainda traz outras consequências, tais como complicações no parto e infecção urinária ou vaginal.
Quando a adolescente pesa abaixo dos 45 quilos, então, há mais chances de o bebê apresentar um peso menor para a idade gestacional.
Do ponto de vista psicológico, por se tratar de um momento de transição, no qual a adolescente busca uma identidade, as consequências são igualmente graves.
Há, nesta faixa etária, um quadro maior de depressão pós-parto, pois devem assumir, mesmo tão novas, as obrigações de ser mães.
Elas também se sentem culpadas e por conta do tempo que têm de se dedicar ao recém-nascido deixam de lado os lugares que frequentavam (inclusive algumas a escola) e os amigos.
Quando não têm o apoio da família, a autoestima tende a abaixar ainda mais.
Por tudo isso, é fundamental que essas jovens recebam o carinho, o suporte e a orientação daqueles que a amam, seus pais e amigos. Ao mesmo tempo, é interessante que, se possível, procurem também auxílio profissional.
Ser mãe: assumindo a responsabilidade

Quando a gravidez já é realidade na vida da adolescente, o que fazer?
Para evitar que jovens tomem atitudes desesperadas por medo ou falta de informação, a LBV realiza o programa Cidadão-Bebê, iniciativa que oferece às participantes apoio e orientação.
“Nós fornecemos orientações a respeito da gravidez”, explica Iara Pereira, assistente social da LBV em São Paulo/SP. “Falamos sobre o desenvolvimento do feto, da amamentação, dos aspectos emocionais da gravidez e aproveitamos esses momentos para poder transmitir alguns valores, algumas informações a respeito dessas questões, sempre acolhendo”.
E é sempre acolhendo, como completa Iara, que uma mãe adolescente se sente segura para poder adentrar nesta nova fase.
A gravidez na adolescência e suas consequências podem ter as suas dificuldades suplantadas.
O que envolve tudo sobre gravidez na adolescência tem suas respostas.
Com encontros semanais, o Cidadão-Bebê reúne mulheres de diferentes idades, o que ajuda as mais jovens a conhecer outras histórias de vida. “Existem outras adolescentes no grupo e elas convivem com outras mulheres que têm experiência (…). Nós aproveitamos a riqueza do grupo, para que troquem informações e se ajudem”, explana a assistente social.
Além disso, depois que as crianças chegam à luz, as mães continuam se encontrando nos Centros Comunitários de Assistência Social da LBV.
Uma vez por mês, até os pequenos completarem um ano de idade, a unidade serve de ponto de encontro para que as atendidas possam compartilhar os progressos de seus bebês.
Com todas essas dicas, o trabalho de ser mãe fica mais fácil.
