A equipe da revista BOA VONTADE conversou, recentemente, com o senhor Manuel Paixão Gomes, atendido pela LBV em Porto Velho/RO. No bate-papo, ele contou que a Entidade dá todo o suporte material e emocional que necessita para superar momentos difíceis como estes que atravessamos. Compartilhamos com você esta entrevista, publicada originalmente na edição 260, de junho de 2021. Boa leitura!
Em Porto Velho/RO, mais precisamente na Vila Dnit, bairro de moradias populares frequentemente acometido pelas cheias do Rio Madeira, Manuel Paixão Gomes está entre os beneficiados pela campanha emergencial. Os itens que tem recebido da Legião da Boa Vontade suprem não só suas necessidades como as do filho e dos netos, já que, mesmo morando sozinho, faz questão de repartir os donativos com eles.
“Fico feliz com vocês, que têm nos ajudado muito mesmo. A LBV foi uma luz que apareceu, uma luz que Deus mandou para nós. Se não fosse a Instituição, eu estaria passando necessidade. Não é todo mundo que tem essa bênção [de ser assistido continuamente]”, agradeceu.
Aos 76 anos, ele recebe apenas um salário-mínimo por mês — renda da aposentadoria como ex-ferroviário da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Manuel também integra o serviço Vida Plena, do qual sente falta de participar presencialmente, no Centro Comunitário de Assistência Social da Entidade no município. No entanto, é grato por jamais ser esquecido pelos colaboradores da unidade, principalmente depois do triste episódio que enfrentou em maio de 2021, em razão do novo coronavírus:
“Eu perdi minha irmã, Antônia Ferreira Gomes. Ela tinha 78 anos de idade. Minha filha foi quem ligou para mim e disse: ‘Pai, tenho uma má notícia para o senhor: a titia morreu. Não fique triste, não. Amanhã cedo busco o senhor para irmos ao velório dela’. Lá, minha filha passou mal, pois era muito agarrada à tia. Sinto muitas saudades dela. Foi um susto muito grande. Meu filho também foi internado com Covid-19. Ele ficou acabado. Tomei um susto quando o vi. Estava só pele e osso. Mas, graças a Deus, está vivo”.
Desde então, recebe ainda maior atenção da assistente social da Instituição, Maria Rosa, motivo que o levou a endossar seu agradecimento “às pessoas da LBV, que trabalham com o maior carinho e respeito com a gente. São pessoas educadas. Às vezes, estando em casa, ligam para saber o que está acontecendo comigo. Estou com muitas saudades de vocês”.
Manuel demonstra não se entregar à tristeza com a partida da amada irmã, e a certa altura da entrevista, ele próprio transmitiu palavras de conforto, expressando, pelo olhar, o sorriso encoberto pela máscara de proteção:
“Se Deus quiser, ainda vamos nos reunir para tomar um suco gostoso, nos encontrar com nossos amigos. Vale a pena acreditar na vida, nós temos que seguir para frente. [Lembrando que] temos que tomar a vacina [contra a Covid-19]. Tudo vai passar”.
Esta matéria foi publicada originalmente na revista BOA VONTADE nº 260. Para acessar outros conteúdos desta e de outras edições, clique aqui.