O desenvolvimento da expressão por meio do teatro improvisado

Já ouviu o termo “artista-docente”? Esta é uma expressão cada vez mais utilizada para caracterizar educadores que inserem a linguagem artística em seu cronograma pedagógico. Com isso, buscam, por meio da arte, facilitar a aprendizagem de seus alunos e tornar a jornada escolar mais atrativa.

Não pense, porém, que inserir elementos artísticos aos conteúdos escolares é um processo simples. Ao usar o teatro como ferramenta didática, é importante que os educadores considerem os diferentes ritmos do desenvolvimento de cada aluno. Até porque nem todos se sentem à vontade para participar dessas ações tão rapidamente, seja por conta da timidez ou do pouco contato com as linguagens artísticas. Ele deve ser feito com calma, para não intimidar ninguém. Ao sentirem que o professor respeita as suas limitações, os estudantes se sentem estimulados a participar e compreender o conteúdo, fazendo com que a experiência seja agradável.

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Segundo a professora Franciane do Vale, ao ser trabalhado em sala de aula, a prática teatral proporciona inúmeros benefícios aos estudantes. “A criança aprende a improvisar, desenvolve a oralidade, a impostação de voz e a expressão corporal, enriquece o vocabulário, aprimora as habilidades motoras, além de despertar o gosto pela leitura e pela escrita, ao passo que trabalha também a cidadania, a ética e a interdisciplinaridade”, explica.

“O teatro é um grande aliado para o desenvolvimento expressivo do grupo, pois através da atuação, que pode ser improvisada dentro do conteúdo que está sendo estudado, a tarefa ganhará a atenção dos alunos, pelo fato de aproximá-los do mundo imaginário e criativo”, atesta a pedagoga Lucinéia Magri. Simular eventos rotineiros, por exemplo, é um excelente caminho para aproximar o conteúdo administrado em sala à realidade da classe.

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Graças às atividades artísticas, muitas crianças e adolescentes deixam a vergonha de lado e passam a ser mais comunicativos, o que alavanca o desempenho escolar e traz benefícios no âmbito familiar e social. A pedagoga Raquel Affonso reforça essa reflexão. “A ação faz com que os alunos se desinibam e adquiram autoconfiança, socializem seus pensamentos e saibam expressar, com responsabilidade, aquilo que conhecem”, ressaltou.

Oficina de Arte e Cultura

Nesse sentido, a Legião da Boa Vontade (LBV) realiza, por meio do programa Criança: Futuro no Presente!, a Oficina de Arte e Cultura. Além de desenvolver a musicalidade e a expressão corporal, trabalha as diversas linguagens artísticas. Contemplam-se aqui as artes plásticas, dança e, obviamente, o teatro. O espaço lúdico ainda inicia as crianças e os adolescentes nos conhecimentos teóricos sobre a música e de instrumentos musicais. Eles participam de aulas de canto, trabalhando repertórios que enaltecem as boas atitudes, como o respeito à natureza e a prática da solidariedade, em diversos ritmos brasileiros.

Vale lembrar que essa e outras iniciativas, desenvolvidas pela Entidade, tem como base a inovadora proposta educacional criada pelo educador Paiva Netto. Composta pela Pedagogia do Afeto e pela Pedagogia do Cidadão Ecumênico, tal proposta visa promover a formação de “Cérebro e Coração”.

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