Aulas remotas e Escola pós-pandemia: uma visão além do intelecto

Saiba como professores da LBV estão desenvolvendo aulas remotas, unindo Cérebro e Coração.

Com a suspensão temporária das aulas, devido à crise da Covid-19, professores e alunos foram apresentados a uma nova maneira de estudo: aulas remotas ou on-line. 

Contudo, a pandemia mostrou que, apesar de um recurso tão importante que é a internet, os professores estão encontrando outros desafios, como reter a atenção do aluno, produzir um material de qualidade, estar próximo do aluno mesmo que distante, entre outros. 

E foi isso e mais um pouco que a doutora e mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), supervisora da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, da LBV, Suelí Periotto trouxe em sua palestra neste primeiro dia de evento. 

O professor sabe que precisa tocar o coração dos alunos. Ele não pode esquecer do ser humano que está do outro lado, que receberá sua gravação“. 

No webinar, a educadora compartilhou com os congressistas a experiência das Escolas da LBV nesta pandemia. Nas aulas remotas da rede de ensino da LBV, como os estudantes atendidos pela Instituição não possuem computadores, estão sendo utilizados aparelhos celulares para este fim pedagógico. As videoaulas respeitam a faixa etária dos estudantes e carregam todo o cuidado presente no trabalho educacional da Entidade. 

Uma visão além do intelecto 

Para abrir sua explanação, Suelí trouxe o norte de todo o conteúdo da LBV: a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, linha educacional criada pelo educador Paiva Netto, e que está presente em todas as ações socioeducacionais da Entidade. 

 

“Na LBV acreditamos que o ´óleo do sentimento´ [referindo-se a trecho do livro É urgente reeducar, do escritor Paiva Netto] foi e tem sido essencial, na forma como os professores e a equipe de nossas escolas estão caminhando  na harmonia na troca das ideias, nos momentos das orientações que os professores recebem, na vivência  deles ao participar dessa discussão de formato de suas aulas, nos relatos que trazemos aqui. Nestes dias que estamos vivenciando, os grupos de docentes foram ouvidos, houve uma elaboração coletiva, inclusive, em relação aos prazos que seriam dados aos alunos, aos canais de comunicação com os alunos, também definidos a partir de sugestões dos professores, a forma de cada vídeo que ficou na pessoalidade de cada um, no perfil que cada um quis escolher, cada um foi para um caminho, cada um viu como se sentia mais confortável”.   

Analisando este desafio de manter o aluno interessado, é mais do que necessário olhar para ele com cuidado, atenção e amor. E para isso, a professora Suelí apresentou aos participantes os seguintes pontos: 

- Nossos alunos não são a casa na qual vivem;
- Eles não são a situação socioeconômica que atravessam neste momento; 
- Nossos alunos possuem potencial interior. Eles podem chegar onde quiserem, se acreditarmos neles e lhes oferecermos o melhor. E isso precisa ser dito para eles: vocês são capazes!  

E reiterou: “O professor precisa colocar-se ainda mais na posição em que se encontra o aluno, ser sensível, pois ele está em casa, isolado, pode estar vivendo angústias. Então, iniciamos as aulas sempre com positividade, fazendo uma pequena oração. Aqueles que não têm religião, acompanham o minuto de silêncio, para que a gente estabeleça um equilíbrio das emoções e inicie a aula. Fazemos isso para o aluno entender que estamos distantes, mas perto deles. Em todo o conteúdo, sempre direcionamos alguma mensagem que possa acolher a família, deixando-a com mais esperanças de dias melhores, que virão.” 

Desafio das aulas remotas 

Sabemos que o preparo dessas aulas pegou todo mundo de surpresa, afinal ninguém esperava uma pandemia. Então, como preparar essas aulas, pensando nas necessidades de todos os alunos? A educadora Suelí trouxe exemplos do que tem acontecido nas escolas da LBV: 

“Os professores elaboram suas aulas, desenvolvem um roteiro a ser seguido pelos alunos para realizar as tarefas e – para serem melhor entendido – os professores gravam as videoaulas (no caso dos mais novos, aulas mais simples, respeitando sua faixa etária). Para os mais velhos, os professores gravam utilizando o tempo das aulas presenciais, com as explicações de seus conteúdos. E para estes ainda acontecem os Plantões de Dúvida, em horários combinados entre os alunos e os professores”.  

Por se ter à frente uma linha educacional pioneira que une Cérebro e Coração, entendemos que pensar em alunos com diagnósticos diversificados exige uma atenção ainda maior, presencial e ainda mais virtualmente. Para isso, os professores da LBV têm feito videoaulas personalizadas para cada um desses alunos com necessidades especiais. 

Este tema será desenvolvido com mais detalhes na apresentação das professoras Aline Braga e Gisela Portilho, que compartilharão os materiais colocados em prática pela LBV, neste período pandêmico, dias 30 de junho e dia 1º de julho. 

Educação com Espiritualidade Ecumênica 

E para finalizar, a professora Suelí trouxe como ponto chave os ensinamentos de Jesus, o Educador Celeste, que na LBV é visto para além dos campos religioso, histórico e filosófico, como pontuou na palestra: 

“Os exemplos da postura de Jesus como Educador nos inspiram a planejar aulas com conteúdos intelectuais enriquecidos por conceitos de espiritualidade ecumênica, que definimos nas nossas escolas como valores éticos e solidários. Para isso, é dado o devido respeito à diversificação das tradições de fé ou mesmo a ausência de um vínculo religioso, de acordo com o leque das mais variadas concepções filosóficas das famílias dos educandos, dos docentes e profissionais que compõem o ambiente escolar”.     

Deixe abaixo o seu comentário sobre a palestra da dra. Suelí e a sua experiência em sala de aula para ajudar outros profissionais da área.  

Até a próxima! 

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