Virginia Gudiño explica: a aquisição de conhecimento passa pelo entendimento do cérebro

A neuropsicoeducadora destacou como esse conhecimento pode auxiliar na aprendizagem, a fim de torná-la melhor e menos cansativa.

O segundo ciclo de palestras do 14º Congresso Internacional de Educação da LBV, realizado na  manhã desta quinta-feira, 30, foi encerrado com os apontamentos da pesquisadora Virginia Gudiño, copesquisadora da Universidade de Yeshiva, Nova York, EUA. A neuropsicoeducadora apresentou aos participantes o tema “A contribuição do neurocapital humano no processo do aprendizado”.

Vivian R. FerreiraA neuropsicoeducadora Virginia Gudiño, diretora da rede Neurocapital Humano e da revista Neurofelicidade — Crescendo como Seres Humanos e Aprendendo a Ser Felizes, convidou o público a refletir sobre o tema “A contribuição do neurocapital humano no processo do aprendizado”.
Na explanação, a diretora da rede Neurocapital Humano e da revista Neurofelicidade explicou como o educador pode utilizar o conhecimento sobre o cérebro no processo de aprendizagem, a fim de tornar o aprendizado melhor e menos cansativo. Para que isso ocorra, Virginia Gudiño pontuou que é preciso compreender os dois tipos de aprendizado: o emocional e o cognitivo. O primeiro é reconhecido pela rápida assimilação do conteúdo e fácil memorização; no tipo cognitivo, no entanto, a aquisição do conteúdo é mais difícil e o esquecimento das informações é frequente. Segundo ela, “é preciso treinar porque o aprendizado cognitivo precisa de esforço”.

Pedagogo Júlio Furtado reitera a importância do diálogo para a aprendizagem

A neuropsicoeducadora explicou ainda que, ao compreender certas etapas da construção do conhecimento, o professor garante que o ensino seja mais satisfatório e aproveitado. Um deles são os três filtros cerebrais. “O professor, com a informação de como atravessar esses filtros, terá ferramentas para trazer à prática docente, cotidianamente, o que queira transmitir — falando de aprendizagem cognitiva — com maior possibilidade de se alojar no córtex cerebral”, disse.

GALERIA DE FOTOS: confira tudo o que aconteceu nas palestras

Para ultrapassar o primeiro filtro, por exemplo, o pedagogo precisa capturar a atenção do aluno; no segundo, é necessário manter o interesse do estudante no tema; e, no terceiro, o educador precisa consolidar o conhecimento no cérebro do aluno de uma maneira que ele se lembre mais tarde. “Também temos sempre que lembrar que a atitude do professor reflete no educando, por isso, é sempre bom ter atitudes e emoções positivas enquanto na sala de aula. O estresse atrapalha o processo de aprendizado”, reiterou.

Vivian R. FerreiraA palestra foi feita na língua materna da palestrante, o espanhol, e contou com tradução simultânea para os congressistas.
Ela finalizou seu discurso apresentando ao público a pirâmide do aprendizado. O objetivo deste método é mostrar como os tipos diferentes de ensino interferem na aquisição de conhecimento do aluno. Quando a estratégia de ensino é a fala e a ação ao longo de duas semanas, a porcentagem de aquisição de conhecimento é de 90%. No mesmo período, se o aluno pratica somente a leitura, a porcentagem de fixação do conteúdo é de apenas 10%.

Na capital paulista, tem início o 14º Congresso Internacional de Educação da LBV

A partir dessas informações, resta agora aos educadores traduzirem o conhecimento adquirido em prática novas de ensinar, de modo que o aluno não somente aprenda o conteúdo, mas lembre-se dele e coloque-o em prática no futuro. 🙂

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