Respeito e orgulho com o trabalho de reciclagem dos pais

Conheça e se emocione com a história de Elisa e Rian, irmãos de Glorinha que são atendidos pela LBV.

Compartilhamos com você uma reportagem especial publicada na edição 260 da revista BOA VONTADE. Ela mostra como o trabalho de conscientização socioambiental realizado pela LBV desde os seus primórdios rende bons frutos. Conheça a história de Elisa e Rian, irmãos de Glorinha, e se emocione!


O cuidado em ensinar a pensar no planeta de forma sistêmica, integrada, está entre as finalidades dos serviços de convivência da LBV, como é o caso do Criança: Futuro no Presente!. Nele, meninas e meninos de 6 a 15 anos têm a oportunidade de participar de ações ricas em experiências lúdicas, culturais, artísticas e esportivas, que constituem excelentes meios de expressão, de interação e de aprendizagem.

Foi por meio dessa atividade, feita antes da pandemia no Centro Comunitário de Assistência Social da Instituição em Glorinha/RS, que os irmãos Elisa, de 9 anos, e Rian, de 10, aprenderam ainda mais a valorizar o esforço e o trabalho dos pais.

Márcio FranciscoEm Glorinha/RS, Rian e Elisa visitam a cooperativa de material reciclado, na qual os pais trabalham.
Há cinco anos residindo naquele município, os meninos vieram com a família de Porto Alegre, capital gaúcha, em busca de melhores condições de vida, visto que anteriormente o casal precisava levá-los para a coleta de material reciclável, o que faziam em uma carroça. A mudança só foi possível em virtude da abertura de uma nova cooperativa em Glorinha, na qual os pais, Lorimara Palmeiro e Marcus Vinicius Duarte, conseguiram uma colocação.

Apesar de a renda ainda ser bem pequena, cada um recebe menos de um salário-mínimo, a transferência possibilitou certa estabilidade, pois, além de não precisarem levar consigo as crianças, eles conseguiram vaga na LBV para dois de seus quatro filhos, que passaram a frequentar  o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários diariamente, durante meio período do dia.

Márcio Francisco
Mesmo ao longo da pandemia, a família continua sendo atendida pela Instituição, que promove atividades socioeducativas não presenciais por meio do envio de vídeos e instruções pelo WhatsApp ou por ligações telefônicas, além de entregar materiais pedagógicos, kits lúdicos, cestas de alimentos e produtos de limpeza, respeitando todos os cuidados sanitários recomendados pelos órgãos de Saúde.

Márcio Francisco
Durante uma das ações desenvolvidas pelos educadores, Elisa destacou-se ao falar com exatidão de todos os itens com os quais os pais lidam na reciclagem.

“Eles ficaram me ouvindo e fazendo muitas perguntas”, recorda a menina. Ela diz que, com os ensinamentos da Instituição, viu quanto é relevante “evitar que o lixo [seja depositado] onde não pode, para não poluir o nosso planeta”.

Consciência semelhante tem o irmão Rian, que só reclama de que, com a pandemia, as atividades do serviço tiveram de ser não presenciais, a fim de evitar o contágio da Covid-19.

“A LBV é um lugar de paz, é muito legal, fiz várias amizades, gosto muito de lá. Sinto falta dos educadores, da alimentação, sinto falta de tudo. A LBV muda a nossa vida”.

Antes deste período de distanciamento social, ele adorava frequentar o grande espaço verde do Centro Comunitário, batizado de Jardim Botânico, no qual já plantou algumas árvores, ação que deseja continuar realizando para, dessa maneira, ajudar a diminuir “o desmatamento, para os bichos não morrerem, e deixar o mundo melhor”.

Para a mãe, “saber que meus filhos têm orgulho de mim e de meu esposo é uma gratificação enorme. Tem vários pais que trabalham na cooperativa e que as crianças não gostam. E eu sou lixeira, sim, com orgulho, porque do lixo vem coisas boas, é com ele que eu sustento as minhas crianças. Eu faço tudo isso por eles, não por mim”.

Lorimara emociona-se também ao rememorar as conquistas alcançadas na Entidade:

“A Elisa mudou muito depois que entrou na LBV. Eu vejo que ela, agora, põe incentivo em tudo, na reciclagem, na escola. O Rian também está mudando. Antes, não conseguia se abrir comigo, não sei se pela correria [que é nossa vida] para sustentar eles, eu e meu esposo… O Rian se abriu na Instituição. Lá, eles são bem tratados, aprenderam a se comunicar. A LBV mudou a vida de todos nós em casa. Só tenho a agradecer a todos da equipe pelo carinho que têm com os meus filhos, é a nossa segunda casa, eles são pais para os meus filhos”.

Confira outras matérias da BOA VONTADE 260.

Márcio Francisco

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias Relacionadas