Compartilhamos com você uma reportagem especial publicada na edição 260 da revista BOA VONTADE. Ela mostra como o trabalho de conscientização socioambiental realizado pela LBV desde os seus primórdios rende bons frutos. Conheça a história de Elisa e Rian, irmãos de Glorinha, e se emocione!
O cuidado em ensinar a pensar no planeta de forma sistêmica, integrada, está entre as finalidades dos serviços de convivência da LBV, como é o caso do Criança: Futuro no Presente!. Nele, meninas e meninos de 6 a 15 anos têm a oportunidade de participar de ações ricas em experiências lúdicas, culturais, artísticas e esportivas, que constituem excelentes meios de expressão, de interação e de aprendizagem.
Foi por meio dessa atividade, feita antes da pandemia no Centro Comunitário de Assistência Social da Instituição em Glorinha/RS, que os irmãos Elisa, de 9 anos, e Rian, de 10, aprenderam ainda mais a valorizar o esforço e o trabalho dos pais.

Apesar de a renda ainda ser bem pequena, cada um recebe menos de um salário-mínimo, a transferência possibilitou certa estabilidade, pois, além de não precisarem levar consigo as crianças, eles conseguiram vaga na LBV para dois de seus quatro filhos, que passaram a frequentar o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários diariamente, durante meio período do dia.


“Eles ficaram me ouvindo e fazendo muitas perguntas”, recorda a menina. Ela diz que, com os ensinamentos da Instituição, viu quanto é relevante “evitar que o lixo [seja depositado] onde não pode, para não poluir o nosso planeta”.
Consciência semelhante tem o irmão Rian, que só reclama de que, com a pandemia, as atividades do serviço tiveram de ser não presenciais, a fim de evitar o contágio da Covid-19.
“A LBV é um lugar de paz, é muito legal, fiz várias amizades, gosto muito de lá. Sinto falta dos educadores, da alimentação, sinto falta de tudo. A LBV muda a nossa vida”.
Antes deste período de distanciamento social, ele adorava frequentar o grande espaço verde do Centro Comunitário, batizado de Jardim Botânico, no qual já plantou algumas árvores, ação que deseja continuar realizando para, dessa maneira, ajudar a diminuir “o desmatamento, para os bichos não morrerem, e deixar o mundo melhor”.
Para a mãe, “saber que meus filhos têm orgulho de mim e de meu esposo é uma gratificação enorme. Tem vários pais que trabalham na cooperativa e que as crianças não gostam. E eu sou lixeira, sim, com orgulho, porque do lixo vem coisas boas, é com ele que eu sustento as minhas crianças. Eu faço tudo isso por eles, não por mim”.
Lorimara emociona-se também ao rememorar as conquistas alcançadas na Entidade:
“A Elisa mudou muito depois que entrou na LBV. Eu vejo que ela, agora, põe incentivo em tudo, na reciclagem, na escola. O Rian também está mudando. Antes, não conseguia se abrir comigo, não sei se pela correria [que é nossa vida] para sustentar eles, eu e meu esposo… O Rian se abriu na Instituição. Lá, eles são bem tratados, aprenderam a se comunicar. A LBV mudou a vida de todos nós em casa. Só tenho a agradecer a todos da equipe pelo carinho que têm com os meus filhos, é a nossa segunda casa, eles são pais para os meus filhos”.
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