
Autora: Luana Caroline Beck
Falar sobre sustentabilidade, aquecimento global ou preservação do meio ambiente, hoje, não é mais tabu. Pelo contrário. Esses temas se tornaram bastante recorrentes em diversas áreas da sociedade, por causa da relevância deles e dos acontecimentos que estamos enfrentando no mundo em consequência das mudanças climáticas. Mas isso nem sempre foi assim.

Desde bem nova, já chamava minha atenção o pensamento do dirigente da Organização: “A destruição da Natureza é a extinção da raça humana”. Àquela altura, comecei a refletir sobre a necessidade e a valia de protegermos os animais e as florestas. Foi assimilando esses ensinamentos e participando de ações promovidas pela LBV relacionadas ao cuidado com o planeta que passei a pôr em prática tudo que aprendi. Existem várias formas pelas quais cada um de nós pode contribuir para a conservação do meio ambiente. Estas podem ser singelas, mas, mesmo assim, ter muita eficiência.
Eu, como integrante da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus, da LBV, não podia ficar só no discurso e na admiração pelo ensino que tive. Então, achei no reflorestamento a oportunidade de fazer algo a mais com tudo que eu havia aprendido e, dessa maneira, de sentir-me útil e, ao mesmo tempo, de mostrar meu agradecimento por este orbe e pelo ecossistema em que vivo.
Minha primeira experiência nesse âmbito ocorreu em 2013, com estudantes do Centro Universitário Hermínio Ometto — Uniararas, quando ficamos responsáveis pela recuperação da área do entorno do Córrego do Andrezinho, no município de Araras, no interior do Estado de São Paulo, área essa que havia sido destruída por incêndio criminoso. Para tanto, plantamos cerca de 180 mudas de diferentes espécies, entre as quais a aroeira, o ipê-amarelo, o ipê-roxo, o jatobá e o araçá. Tudo foi feito com o cuidado necessário para restaurar a mata e preservar os pequenos animais da região.
O sucesso da iniciativa motivou-me a trazer o projeto para a equipe da juventude da LBV em Leme, cidade também do interior paulista e na qual moro. Fizemos trabalho semelhante ao realizado em Araras durante a semana do Dia Mundial do Meio Ambiente (comemorado em 5 de junho) de 2014. Na ocasião, conseguimos semear diversas mudas de ipê-amarelo no Parque Municipal Mourão, localizado no bairro Jardim do Bosque.
Na procura por continuar aprendendo, graduei-me em Ciências Biológicas. Com isso, vi aquele sonho de criança se tornar realidade em forma de aprendizado e de profissão.
Ser bióloga no século 21 não é fácil, pois existem diversos interesses econômicos que acabam deixando de lado as questões ambientais. Temos sempre de levantar nossa bandeira com paz, sabedoria e educação, alertando para as consequências de não protegermos nosso ambiente e criando consciência ecológica na Humanidade, para que esta não enfrente mais tanta poluição, desmatamentos, queimadas, a falta de água e a perda de hábitats naturais de animais.
Por último, reforço a necessidade de agirmos, agora, a fim de que haja um futuro mais promissor para as novas gerações e de incentivarmos, como o faz muito bem a LBV, já nos primeiros anos de vida do ser humano, a consciência participativa e a mentalidade do cidadão planetário. Aproveito a oportunidade para agradecer ao educador Paiva Netto, que, além de tantos ensinamentos que me possibilitou, influenciou minha vida acadêmica. Em especial, recordo-me de um fato ocorrido em 2008, durante o encerramento do 33º Fórum Internacional da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus, da LBV, em que o dirigente da Instituição reafirmou, como destaca há décadas, a necessidade da busca de equilíbrio entre a proteção ambiental e o progresso socioeconômico, destacando programas socioeducativos da Entidade em todo o Brasil e no exterior para o alcance desse objetivo, sob o lema “Educar. Preservar. Sobreviver. Humanamente também somos Natureza”. Naquele momento, tive a certeza da carreira que eu deveria seguir, pois tudo está em nossas mãos, e amar a Terra é nosso dever.