
No dia 14 de agosto de 2018, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apresentou importante estudo, que merece a atenção de toda a sociedade brasileira. A pesquisa “Pobreza na infância e na adolescência”, que adotou critério inédito na abordagem do assunto no país, incluiu no cálculo os monetariamente pobres e aqueles que estão privados de um ou mais direitos fundamentais garantidos por lei, como educação, informação, água, saneamento básico, moradia e proteção contra o trabalho infantil. Graças à mudança na forma de análise, ampliou-se o olhar sobre os desafios que precisam ser enfrentados para assegurar um futuro justo e digno a esses pequenos cidadãos.
Tendo como base de dados a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, a pesquisa do Unicef alerta sobre o fato de que no Brasil, atualmente, 32 milhões de pessoas com até 17 anos de idade, ou seja, seis em cada dez crianças, estão expostas a condições de vulnerabilidade. Desse total de meninas e meninos, 18 milhões (34,3%) são afetados pela pobreza monetária, sendo provenientes de famílias que vivem, na zona urbana, com menos de R$ 346 per capita por mês e, na zona rural, com um valor inferior a R$ 269 per capita. Desses 18 milhões, 12 milhões, além de estarem sujeitos a viver sob renda insuficiente, têm um ou mais direitos negados.
Outros 14 milhões de crianças e adolescentes foram inseridos no cálculo não pelo aspecto financeiro, mas por não ter um ou mais direitos garantidos. Os dois grupos, somados, totalizam 61% das crianças e dos adolescentes em todo o território nacional que passam por sérias restrições. Nos gráficos a seguir, é possível conhecer as privações e desigualdades que os dados analisados revelam.
Na contramão desse cenário, as fotos a seguir mostram algumas das ações da Legião da Boa Vontade em atenção a esses cidadãos, as quais ajudam a promover o protagonismo infantil e apoiam a educação de qualidade, numa clara evidência de que, com solidariedade e empenho de todos, se podem reduzir esses tristes números.
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*Este conteúdo consta na revista BOA VONTADE nº 246, de setembro de 2018. Para obter seu exemplar digital, baixe o aplicativo BOA VONTADE Magazine, disponível gratuitamente na Google Play e na App Store.