As crianças atendidas pela LBV em Brasília tiveram um dia divertido, colorido e de conscientização. Por meio de uma oficina de grafite, ministrada pelo grafiteiro Carlos Astros, elas colocaram a imaginação nas cores despertando mais ainda para a arte e para a cultura.
“Nós trouxemos aqui para a criançada, em parceria com a LBV, essa questão da revolução da escrita e da arte urbana, que é o grafite em si (…). Trouxemos uma ideologia da arte, do grafite, uma expressão urbana. Foi muito gratificante, porque quando você acolhe crianças, pré-adolescentes, 12, 10 anos, você coloca aquela sementinha na cabeça dele e você vai ter grandes frutos no futuro”, disse o artista.

Denilma Silva, pedagoga da unidade da LBV, conta sobre a iniciativa do projeto do qual a oficina faz parte: “Esse tema a gente trouxe pelo interesse deles, por conta da vivência no dia a dia. É importante trabalhar esses temas que eles trazem para nós porque estreitamos os nossos vínculos. Eles puderam com isso fazer a diferenciação entre a pichação e o grafite”, destacou.
A atividade também trabalhou os sentimentos e os bons valores, de forma a colaborar no desenvolvimento integral delas, como conta Denilma: “O Maprei não é somente o método em si, mas ele busca trabalhar várias outras coisas, a partir de um determinado tema, então com esse tema do grafite pudemos trabalhar questões do sentimento, do convívio, dos vínculos que eles têm, estreitar também o vínculo entre o Centro Comunitário e as famílias e entre as crianças e a equipe do Centro Comunitário”.

Carlos Astros também pontuou como a arte pode trabalhar esses valores tão importantes para crianças e jovens: “A gente traz aqui um pouco da união, do coletivo, da educação, do companheirismo, do respeito, tudo isso você leva para dentro desse espaço, aqui no caso na quadra de esportes. Você vê que é uma parceria de meninos, em número elevado, mas que se mantém respeitosamente, que consegue conviver em equilíbrio, harmoniosamente, ainda mais em si, tratando de crianças em situação de risco. Esse trabalho que LBV desenvolve, esse convite que a gente recebeu, é um prazer imenso fortalecer o que a LBV já vem fazendo em anos e anos”.

Os pequenos, é claro, adoraram a atividade. Aprenderam e se divertiram muito! Ana Vitória, de 9 anos, conta um pouco do que aprendeu: “Eu aprendi que não pode pichar, só fazer arte”. Yago Pereira, de 9 anos, também compartilha algumas das lições do dia: “A gente trabalha todo mundo junto, eles ensinaram que não pode pichar portas da escola, placas, parada de ônibus. Pode desenvolver o grafite”. Ele destaca o sentimento que mais pôde observar durante a atividade: “Amizade, porque todo mundo faz tudo junto. É importante ter amigos porque eles te ajudam quando você precisa”.