Rio de Janeiro, RJ — O Centro Educacional José de Paiva Netto, da Legião da Boa Vontade (LBV), no bairro de Del Castilho, uma das regiões mais pobres da capital fluminense, tem apostado em atividades extracurriculares em conjunto com as disciplinas regulares para enriquecer o processo de ensino-aprendizagem.
O projeto esportivo Oficina de Xadrez é esse exemplo que, presente no dia a dia dos alunos, amplia ainda mais novos horizontes e formas de compreender melhor a matemática, novos idiomas, a língua portuguesa, entre outras.

O professor de matemática Bruno Pedro Alves faz uso do xadrez como atividade de apoio ao raciocínio lógico, à concentração, à memorização e à criatividade: “Esse projeto já tem três anos e surgiu para melhorar o desempenho dos alunos na matemática. Eu queria mostrar que matemática não é difícil; que a gente pode aprender brincando. O projeto foi crescendo e entrou na grade de atividades de contraturno escolar como oficina esportiva., e agora participam de várias competições dentro e fora da escola, como o intercolegial e na Associação Leopoldinense de Xadrez, ALEX, em que os alunos se saíram muito bem. A Jéssica foi campeã na ALEX, na categoria dela. Temos a equipe de enxadristas com doze alunos e estamos incluindo novos alunos do ensino fundamental I. Eles têm mostrado bastante interesse, gostam muito e isso proporciona também amizade entre eles“.
{sbm a:l}Jéssica de Oliveira França, 13 anos, aluna do 8º ano do ensino fundamental, é apaixonada pelo esporte e, em 2016, foi a vencedora do Especial Jovem (categoria para menores de 18 anos), da ALEX, onde a LBV tem uma parceria no torneio Rápido Fide*. Ela descreve como surgiu o interesse pelo xadrez e dos benefícios alcançados: “Aprendi com o xadrez a ter paciência, a saber esperar, na escola e em casa com meus irmãos. O xadrez é diferente dos outros jogos porque faz a gente raciocinar mais, pensar nas coisas e ajuda mais na matemática. Às vezes ensino também meus colegas a jogarem. Gosto muito de xadrez”.
Outro aluno enxadrista do 6º ano, Gabriel Victor Silza Mouzinho, de 12 anos, vai participar de uma competição de xadrez e mostra-se confiante com o resultado a ser obtido. Ele conta como se interessou por esportes: “Comecei praticando judô e depois passei para o xadrez, que me ajudou a tirar boas notas. A oficina de xadrez me ajudou mais porque a gente raciocina melhor, ajuda na memória e pensa antes de fazer alguma coisa. Meu comportamento mudou bastante porque antes eu era bagunceiro, e quando fiz judô melhorei um pouco e com o xadrez melhorei mais. Ensino meus amigos a jogar e tem sido bem legal. Para a competição eu tenho treinado bastante para chegar lá e vencer em primeiro lugar“.
A diretora da Escola da LBV, Márcia Quezada, fala dos benefícios do xadrez no ensino-aprendizagem e na vida familiar dos alunos: “O xadrez entrou não só como uma modalidade esportiva, ele vem somando na aprendizagem dos alunos. Observando o jogo, a empolgação deles, quando eles fazem uma jogada, precisam ter responsabilidades sobre qual peça será colocada adiante. Essa responsabilidade também eles levam para suas vidas. O xadrez melhorou a parte da concentração nas aulas de matemática, até na redação também, por causa da concentração que aprendem no jogo. Então, o xadrez tem contribuído muito em quase todas as disciplinas da escola”, concluiu.

Boa sorte a todos e parabéns aos alunos pela dedicação e empenho ao xadrez!
Visite, apaixone-se e colabore com a LBV! No Rio de Janeiro, o Centro Educacional José de Paiva Netto, da LBV, está localizado na Av. Dom Hélder Câmara, 3059 – Del Castilho. Telefone para informações: (21) 3297-7100.
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*Fide – Fédération Internationale des Échecs, organização que regulamenta o xadrez como competição e o ranking.