No Brasil, o tempo de lazer dos idosos é grande, porém, mal aproveitado. É o que constataram os estudantes Luís Fernando Bevilaqua, Janine Gomes Cassiano e Tainã Alves Fagundes, no trabalho de graduação do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O estudo aponta que 26% do dia dos idosos é dedicado a atividades de lazer, com pouca contribuição para a melhoria da saúde.
“O Brasil está enfrentando um processo de envelhecimento rápido, então o olhar para a velhice tem que estar presente. Nosso trabalho vem trazer um pouco dessa necessidade que é pouco explorada. A gente também verifica que a maior parte do tempo do idoso está dedicada ao lazer, mas um lazer ocioso, passivo, como assistir televisão e ficar deitado descansando. Mas o lazer ativo traz mais benefícios, como as atividades da terapia ocupacional”, disse Luís Fernando Bevilaqua. Entre essas atividades, ele cita artesanato, dança e até mesmo rodas de conversa.
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O trabalho foi apresentado na Sessão de Posters da 35ª Conferência da Associação Internacional para Pesquisas de Uso do Tempo (Iatur), que teve início nessa quarta-feira, 7. Até sexta-feira, especialistas de 38 países vão discutir temas como valor do tempo, trabalho remunerado, valor do trabalho não remunerado, meios de comunicação e lazer, cuidados na família, educação e equilíbrio vida-trabalho. O objetivo é saber como as pessoas usam o tempo, para poder planejar políticas públicas e combater as desigualdades sociais.
A pesquisadora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Cíntia Simões Agostinho, que está analisando as informações do projeto-piloto sobre o uso do tempo, feito pela instituição em 2009, explicou que o tema é debatido há muito tempo em outros países, mas só há alguns anos passou a receber atenção no Brasil e na América Latina.
Cíntia lembrou que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita anualmente pelo IBGE, já inclui perguntas sobre o uso do tempo relacionado à locomoção, ao cuidado de pessoas da família, aos afazeres domésticos e ao trabalho voluntário. “Além de conseguir caracterizar melhor os perfis das diferentes pessoas, a gente pode cruzar com muitas variáveis. (…) É uma pesquisa que avalia vários aspectos da vida da pessoa e pode ser muito útil. Qualquer setor público pode olhar para esses dados sob a ótica de políticas sociais”, declarou.
As informações são da Agência Brasil
PROMOVENDO UMA TERCEIRA IDADE MAIS SAUDÁVEL
A Legião da Boa Vontade (LBV) valoriza o idoso, considerando sua história de vida e identificando oportunidades para que vivenciem a terceira idade de forma saudável e feliz. Em seus lares, a Instituição oferece todo o suporte e o cuidado, garantindo alimentação balanceada e saborosa, atividades físicas regulares de acordo com a necessidade do atendido, área de lazer onde podem, inclusive, ter contato com a natureza, além de assistência médica e atendimento social, junto aos familiares.
Além disso, a LBV desenvolve o programa Espaço de Convivência, que promove atividades que respeitam e valorizam suas experiências, oferecendo aos jovens da melhor idade um espaço saudável voltado ao diálogo, ao fortalecimento da cidadania e à garantia de seus direitos. Os jovens da melhor idade participam de palestras educativas, passeios culturais e de lazer, além de atividades que despertam conhecimentos e os fazem sair da rotina.