Esperança no momento de dor

Aos 72 anos, dona Teresa despediu-se precocemente de cinco familiares, vítimas da Covid-19. Com o apoio da LBV, ela se reergueu.

Esta matéria foi publicada originalmente na revista BOA VONTADE nº 260, de junho de 2021. Para acessar outros conteúdos desta e de outras edições, clique aqui.



Sempre solícita, Teresa da Rosa Gomes, de 72 anos, recebeu a Equipe da LBV no seu humilde lar, na Ilha Grande dos Marinheiros, em Porto Alegre/RS. Cumprindo todos os protocolos sanitários, como o uso de máscaras e do distanciamento social, a dona de casa, que integra o serviço Vida Plena, abriu o coração para expor a delicada situação que sua família tem passado nos últimos tempos em decorrência do novo coronavírus.

“Perdi cinco pessoas da família: uma filha, um genro, uma cunhada, um irmão e um neto. É muito triste, horrível. Uma coisa que não esperávamos acontecer. Do ano passado para cá, tem sido triste para nós todos. Estamos apavorados”, contou.

Ela mora com o marido, Edir Gomes, de 71 anos, e conta com a aposentadoria dele de apenas um salário-mínimo para sobreviver. A renda, que já era insuficiente para garantir uma boa qualidade de vida, está ainda mais comprometida com a morte da filha Claudete e do genro Paulo, pois o casal deixou duas filhas adolescentes, que agora estão sob a responsabilidade dos avós e de uma irmã mais velha das meninas.

Diante disso, Teresa declarou quanto se preocupa com o futuro: “Ficaram as netinhas pequenas, e a gente tem que cuidar dessas crianças que não têm pai nem mãe. Morreram os dois da mesma família, ‘tudo junto’. A gente cuida desses inocentes, que precisam do pai e da mãe, e não os têm, só a nós. Temos que ter força para dar [amparo e segurança] a essas crianças”.

Entre os que a ajudaram nesse momento tão desafiador, está a Legião da Boa Vontade: “Muito bom o apoio da LBV. Boa ajuda, boas palavras, boa oração, principalmente nesta hora em que a gente mais precisa”.

Cultivar a ligação com a Espiritualidade Ecumê­nica, como aprendeu na Instituição, tem servido como recurso para serenar os ânimos do lar, trazendo mais paz e vitalidade.

“Eu estava frequentando a LBV, e a gente não pôde ir mais [na unidade] por causa dessa doença [Covid-19], mas eu sempre faço minha prece dentro de casa: ‘Deus Está Presente! Viva Jesus em nossos corações para sempre!’ Isso que me deixa confortada, mais calma, para cuidar dos netos.”

Para Teresa, a pandemia desperta lições valiosas para a humanidade. “A gente tem que aprender bastante a melhorar [como seres humanos], a melhorar em tudo e seguir em frente, porque a vida continua, até a hora de Deus mandar a gente partir. Enquanto tivermos força, vamos reagir a tudo isso que estamos passando”, explica.


Talvez, manter o coração plenamente grato, mesmo em meio ao sofrimento, como demonstra ter, seja um desses aprendizados.

“Muito obrigada pelo que a LBV faz por nós! Vocês estão sempre nos apoiando, cuidando de nós, fazendo uma visita. Agradeço bastante a Deus e a vocês. [Tenho recebido] a cesta de alimentos, a cesta de limpeza e as atividades [do Vida Plena] que estamos fazendo em casa, que me deixam mais calma. Ganhei até cobertorzinho também pra gente se ‘tapar’, graças a Deus.”

Na certeza de que “os mortos não morrem”, como afirma o diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto, a Instituição solidariza-se com todos aqueles que têm enfrentado a experiência do luto em razão da atual pandemia. A esses, estimamos conforto perene e dedicamos estas palavras fraternas e ecumênicas do dirigente da LBV: “Assim como o Sol nasce todos os dias, a Esperança — que não morre nunca — renova-se a cada manhã que desponta no horizonte”.

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