Conteúdo originalmente publicado da revista BOA VONTADE nº 260, de junho de 2021. Desejamos boa leitura! Você pode ler outras reportagens desta edição, clicando aqui.
Muito antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que vivíamos a pandemia do novo coronavírus, em 11 de março de 2020, o tema saúde e equilíbrio ambiental já estava em pauta nas unidades da LBV.
Na capital paulista, o Conjunto Educacional Boa Vontade é um exemplo dessa preocupação. A professora Daiana Evaristo de Oliveira, que leciona a disciplina de Biologia na referida unidade escolar da LBV, conta que a Instituição propõe uma plataforma de ensino que não se limita à transmissão do conteúdo curricular, pelo contrário, vai além, porque apresenta aos educandos a renovada consciência de cidadania planetária.
“Geralmente, o conteúdo vem atrelado a outro. Por exemplo, quando falamos de humanidade, explicamos as transformações que ocorrem no ambiente, que umas são naturais e outras são em decorrência da ação humana. Propomos a reflexão de como o ser humano contribui para aquele problema, que as ações que acontecem na nossa casa colaboram de alguma forma e pedimos a eles que reflitam se não há outro caminho. O que pode melhorar”, explicou.
Vale destacar que a linha pedagógica adotada pela Entidade entende o aluno como protagonista do processo de construção do saber e identifica no docente imprescindível papel de mediador dessa busca do conhecimento. A educadora ressalta que, dentre os seis passos propostos pela metodologia própria da LBV, o MAPREI (Método de Aprendizagem por Pesquisa Racional, Emocional e Intuitiva), um deles é o do engajamento.
+ Saiba mais sobre a linha educacional da LBV
Por isso, ao término de cada conteúdo estudado, os estudantes são incentivados a atuar juntos para cativar outros colegas, vizinhos e familiares sobre o assunto, propondo uma campanha, um vídeo, um cartaz ou até um podcast. “É uma forma também de eles internalizarem, de entenderem, de tentarem transformar os seus atos, além de conquistarem outros cidadãos”.
Na Escola da LBV na capital paulista, o Recanto Jesus (bosque que traz 21 árvores de diferentes espécies, 15 delas frutíferas, mais as árvores e jardim de diversificadas flores) ensina à criança uma convivência harmônica com o meio ambiente.Vivian R. Ferreira
De aluna a professora
A própria Daiana é resultado da pedagogia inovadora da Entidade. Ela foi estudante da mesma escola onde atualmente leciona, cursando nela toda a Educação Básica.
“Quando entrei na faculdade, conheci alunos que vieram de outros lugares, e a visão deles era completamente diferente da minha. Foi por causa desta pedagogia da LBV que escolhi cursar Biologia e o magistério, porque quero melhorar a vida das pessoas pela Educação, ensinar para essa nova geração que fazemos parte de um todo, que está tudo interligado.”
Hoje, ela se orgulha de ver nos educandos o que ajuda a semear:
“A gente vê no comportamento deles que aprenderam o que se ensina na escola; se veem um lixo no chão, pegam. Já me contaram que fizeram reunião em casa para todos economizarem água e aí começaram a utilizar a água da máquina de lavar roupa para limpar o quintal, a separar o lixo, o que é reciclável e o que é orgânico. Reduziram o tempo no banho, embora a maioria dos adolescentes goste de demorar (risos), eles já conseguem ter essa percepção. Além de opções mais sustentáveis, como a recusa do plástico ou de bens que tenham muitas embalagens”.
Acompanhe outros conteúdos da revista BOA VONTADE nº 260 e de outras edições, clicando aqui.
