Trabalhar com adolescentes nem sempre é fácil. Afinal, nessa fase, você não é mais criança, mas está longe de ser adulto. E ainda há conflitos surgidos por ambientes de forte desigualdade social e/ou vivência de experiências ruins que podem afetar profundamente os relacionamentos…
Mas a equipe da LBV sabe lidar muito bem com esse e outros desafios. ✌️ Em Brasília/DF, por exemplo, nossos educadores, com base na nossa inovadora linha educacional, utilizam técnicas de mediação de conflitos para tratar essas situações delicadas e motivar esses jovens a reverter práticas nem sempre construtivas.
Por que usar essa técnica? 🤔
Simples. De acordo com o educador social Alexandre Bechel Kocian, a unidade da LBV recebe muitos atendidos que vivenciam circunstâncias críticas e de vulnerabilidades, boa parte deles da Cidade Estrutural – comunidade que se formou de uma invasão de catadores de material reciclado próximo ao que na época era um lixão não regularizado da capital do Brasil, hoje fechado.
Por isso, é comum ter grupos sem entrosamento e, muitas vezes, com comportamentos que não ajudam na elaboração de atividades propostas pela equipe. E é por isso que os educadores vão colocando em prática a escuta 👂 e a observação 👀, trazendo esses jovens para rodas de conversa e mostrando a eles, que não viam possibilidades de vida futura, novas referências que ainda passam a noção de que são capazes de alcançar seus sonhos.
E o resultado?
É muito visível! 😍 Recentemente, um dos grupos do serviço Criança: Futuro no Presente!, apresentava sério ruído no relacionamento. Após a utilização dessa técnica, nossa equipe notou que a postura dessa turma foi totalmente transformada.
“Assim, a gente foi vendo mais amizade, afeto vindo deles, algo que, antes era raro e, depois, com o passar do tempo, foi mudando tanto, que hoje, se consideram como uma família”, completa o educador.
Com a palavra, os atendidos! 😊
Pedro Henrique, de 12 anos, participa do serviço e concorda com o educador. Ele reconhece que era nervoso, um pouco agitado e que aprender a se colocar no lugar do próximo o fez ser mais respeitoso. “Isso me ajudou muito e à minha família.”
O Matheus Zacarias, 11, também disse que não conseguia falar calmamente: “Eu aprendi a me comunicar, a entender que não se pode tratar mal as pessoas, evitar a violência. Agora, tenho muitos amigos, possuo outras referências, sou mais feliz”.
Para finalizar, Alexandre ressalta: “Quando vi essas crianças dando as entrevistas hoje, fiquei realmente muito emocionado, o coração ficou quentinho. Elas estão colhendo os frutos de um trabalho contínuo que temos na LBV, e é maravilhoso vê-las, com o sorriso no rosto, falando dessa forma”.
Ao dizer “SIM!” para a LBV, você ajuda a transformar a vida de muitas crianças e muitos adolescentes em todo o Brasil. A sua doação se transforma em apoio incondicional a quem mais precisa. Em um cobertor em tempo de frio. Em um prato de comida. É a certeza de que o nosso trabalho diário não vai parar. Por isso, a você, o nosso muito obrigado! 💙
* Esse conteúdo foi originalmente publicado na revista BOA VONTADE nº 288, de outubro de 2023. Para ler outros conteúdos desta publicação, clique aqui.