Da sala de aula para a natureza: alunos visitam Parque da Cantareira

A visita tinha como intuito aliar o aprendizado em sala de aula com a prática.

São Paulo, SP — Você sabia que o Parque da Cantareira, localizado na cidade São Paulo, é o maior parque de mata nativa em área urbana do mundo? E que ele possui o tamanho de oito mil campos de futebol?

Os jovens que estudam no Instituto de Educação José de Paiva Netto puderam descobrir isso e muito mais durante a visita a um dos quatro núcleos do parque, chamado Núcleo Engordador, que conta com variadas opções de trilhas e a “Casa de Bombas”, tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) construída em 1894, que fez parte do primeiro sistema de abastecimento de água de São Paulo. 

 “A visita ao Núcleo Engordador tem essa proposta de trazer o estudante para analisar um pouquinho da fauna e um pouquinho da flora desse espaço, que permite fazer essa integração, essa possibilidade, estar vivenciando isso, que casa direitinho com o que a gente está estudando em sala de aula, e que eles vão estudar ano que vem em ecologia. E fazer essa ponte entre a parte teórica junto com a parte prática e tornar aquilo prazeroso pra eles, trazê-los para que eles se conectem e se reconectem à natureza, tendo esse momento de se pertencer a natureza, e se perceber pertencente a ela”, relatou o educador de Biologia Roberto Davi.

João Nery

A Legião da Boa Vontade está sempre buscando instruir e educar seus alunos da melhor forma possível, diante disso, todas as ações desenvolvidas durantes as aulas são permeadas na Pedagogia do Afeto e na Pedagogia do Cidadão Ecumênico, criadas pelo educador Paiva Netto, que visa educar “Cérebro e Coração”. E dentro dessa linha educacional, os alunos aprendem a possuir uma relação de respeito consigo mesmo, com o mundo a sua volta e com a natureza.

“O importante pra mim agora é estar conscientizando as crianças para estar melhorando o nosso futuro, principalmente o futuro deles, dos filhos deles, dos nossos netos, daqui pra frente, para ter a consciência de conservar uma área desta aqui”, disse o monitor do parque, Willian Prado.

João Nery

As atividades ensinam que dá para conviver com a natureza sem prejudicá-la e, no parque, a regra é a de não retirar nada de lá, nem mesmo uma folha que tenha caído no chão. “Na trilha, que é uma das atividades desenvolvidas aqui no núcleo, trazer essa vivência mais próxima, esse contato mais intenso junto com os monitores que vão conduzindo o trabalho”, completou o professor Davi.

E o que será que os jovens acharam de tudo isso? Como será que foi a experiência de ir para um novo espaço para aproveitar o meio ambiente? Eduardo Meirelles, 15, relatou: “Para mim foi uma experiência muito interessante porque eu nunca tinha feito isso, eu não sabia dessa coisa nova de você colocar a mão no ouvido e daí você consegue ouvir melhor a natureza, até porque na cidade a gente não pode ouvir isso porque têm carro, poluição, essas coisas”.

João Nery

“Eu gostei dos corpos d’água que a gente passou, quando a gente passou ali na trilha e você chegava perto daquele riozinho você sentia que era um ar mais fresco, um ar mais geladinho, acho que isso foi o que mais me interessou aqui. E isso tira um pouco da teoria e coloca um pouco mais na prática, e é muito melhor a gente ter essa prática fora e a escola tá proporcionando esse momento pra gente”, disse a aluna Maria Eduarda, 15 anos.

Durante o passeio, os estudantes puderam presenciar novos momentos de suas vidas, adquirindo mais conhecimento e estreitando laços com a mãe Natureza. “Eu estou propondo um dinâmica simples pra eles, pra poder se sentir um pouco o solo, a questão da temperatura um pouquinho, de eles permitirem perceber isso, ficar mais atento aos sons que a natureza traz pra gente, emite pra gente, a gente também tem que saber estar atento a isso e se permitir né, porque você também tem que ter uma condição pra que isso se torne prazeroso.

Então eles precisam estar integrados nesse momento e a questão da busca das texturas, esse contato que eles vão tendo com os elementos da natureza e vão percebendo as diversas formas, diversas texturas e neste momento eles vão tendo esse toque com a natureza”, pontuou Davi, professor do Conjunto Educacional Boa Vontade.

João Nery

“Tudo que a gente aprendeu na escola, hoje a gente teve a oportunidade de ver tudo o que o professor ensinou pra gente, foi muito legal, a gente é muito cidade e é da casa pra escola, então, a escola é o lugar onde a gente mais passa o nosso tempo, então, a escola levar os contatos com os amigos na natureza é muito importante, porque no dia a dia a gente não tem isso”, evidenciou o aluno Marcos Queiroz, 16 anos. Ele ainda complementou explicando a atividade desenvolvida durante o passeio: “O professor pediu para gente captar várias texturas do ambiente, então a gente vai pegar, encostar a folha e passar o giz e a textura vai ficar na folha”.

“Promover esses momentos é também reafirmar laços de solidariedade com o próximo que está ao seu lado, com aquele elemento que também é vivo e que você depende dele pra sua sobrevivência, essa ligação que a gente tem que retornar. A escola tem que prezar esse tipo de atividade, esse tipo de discussão, até pra articular com outras disciplinas”, finaliza o educador Roberto Davi.

Visite, apaixone-se e ajude a LBV! O Conjunto Educacional Boa Vontade fica em São Paulo/SP, na Av. Rudge, 630/700 – Bom Retiro.

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