A LBV deu prosseguimento à edição online de seu 25º Congresso Internacional de Assistência Social. No final do texto colocamos o vídeo para que você possa assistir!
Confira como foi o primeiro dia do Congresso Social da LBV.
Nesta terça-feira, 10 de novembro, o ciclo de palestras foi retomado pela professora dra. Abigail Torres, doutora em Serviço Social, Políticas Sociais e Movimentos Sociais e pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Seguridade e Assistência Social da PUC/SP. Ela discursou sobre “Vínculos Protetivos em Tempos de Isolamento Social.”

Aos congressistas, Abigal, que também atua como consultora em Gestão de Políticas Públicas, com destaque para Assistência Social e Política de Direitos de Crianças e Adolescentes, lembrou que, nesta pandemia, alguns desafios do Sistema Único de Assistência Social foram acentuados.
No entanto, enfatizou a importância do Suas, definindo-o como um “marco civilizatório importantíssimo da sociedade brasileira.”
Sobre a assistência às famílias neste momento, reiterou a importância de uma rede de proteção, tendo em vista os altos índices de desigualdades.
“A pandemia mostra o quanto o ser humano é vulnerável. É impossível que as pessoas se defendam de ameaças que são produzidas pela natureza ou pela ação humana. Ressuscita vários debates e vai mostrando o quanto temos uma sociedade muito injusta, muito desigual.”
Ela pontuou que ainda há problemas estruturais no setor, mas não deixou de ressaltar alguns avanços, principalmente em relação à defesa dos direitos das crianças e adolescentes, vítimas de violência e pessoas com deficiência.
“O Sistema de Assistência Social tem como atribuição reparar as injustiças”, comentou.
Ações intersetoriais na Assistência Social
Em seguida, o público assistiu à palestra do professor ms. Carlos Ferrari.
Mestre em administração pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e pós-graduado em marketing e comunicação persuasiva pela Fundação Cásper Líbero, ele falou sobre “Ações Intersetoriais na Assistência Social.”
“Além de consolidar a seguridade e a própria proteção social brasileira, a intersetorialidade também tem um papel importante na concepção de territorialidade, um pilar estruturante assistência social”, destacou.
Ferrari também enalteceu a evolução da área, destacando o novo status conferido pela Constituição Federal de 1988 ao setor.

Durante a explanação, ele listou alguns benefícios da intersetorialidade na assistência social:
“Primeiro, se gera sinergia, maior assertividade, precisão. Você tem maior nível de qualidade do acesso dos usuários aos serviços, porque eles estão dialogando previamente, existe um estudo de caso, planejamento, existe um pensar de trabalho de promoção do acesso antes que ela ocorra. O segundo grande benefício é a possibilidade de aclarar as atribuições, definir papéis. É preciso ter clareza do que se articula.”
O palestrante apresentou, como terceira vantagem, o “fim do retrabalho”, ou seja, a otimização dos esforços e das tarefas.
“A ação intersetorial nos ajuda a reduzir o retrabalho e, por consequência, manter maior qualidade, o acesso e a relação dos usuários com a rede”, completou.

O 25º Congresso Internacional de Assistência Social, da LBV com o objetivo de discutir os desdobramentos da pandemia na Assistência Social, na promoção da cidadania planetária, propondo caminhos aos desafios gerados pela instabilidade econômica, que resulta no aumento das demandas sociais.

O evento reúne, até o dia 11, quarta-feira, profissionais das áreas da Assistência Social e dos Direitos Humanos, representantes da sociedade civil e de movimentos sociais, além de educadores sociais, estudantes e pessoas interessadas no tema.