Este é um trecho de uma matéria publicada originalmente na revista BOA VONTADE nº 292, de fevereiro de 2024. Para ler outros conteúdos desta edição, clique aqui.

“Tenho contato com outros jovens que vivem a mesma realidade que a minha. Sinto que aqui realmente prepara [o aprendiz] para o mercado de uma forma completa, (…) as instrutoras passam [os conteúdos] de um modo descontraído, o que aproxima toda a sala na realização da atividade.”
Ana Beatriz Oliveira, jovem Aprendiz da Boa Vontade, 19 anos, de São Paulo/SP.
Não é novidade que, quando se é adolescente ou jovem, há uma inquietação latente por explorar o desconhecido e desbravar novos horizontes, assim como uma sede por conhecimento que pode guiar a pessoa a um caminho promissor. Logo, é nesse importante ciclo de descobertas, aprendizagem e crescimento que eles buscam por um espaço onde seus sonhos possam se tornar realidade. Afinal, que indivíduo não deseja se preparar para o que vem pela frente?

No entanto, manter-se fora do mundo do trabalho pode aprofundar problemas sociais, como o aumento dos índices de violência e a dependência de álcool e drogas, por exemplo. Nesse contexto, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica enfrentam inúmeros desafios ao buscar uma colocação no âmbito corporativo. Veja a seguir os indicadores que mostram o cenário do Brasil.

Moldar o amanhã
Daí a importância de ações que combatam a evasão escolar e incentivam a inserção de adolescentes e jovens no âmbito corporativo. Nesse contexto, o programa Aprendiz da Boa Vontade, da LBV, atua como uma ponte entre a energia juvenil e as demandas do universo profissional moderno, sendo uma iniciativa crucial na formação de indivíduos que estão imersos e engajados em um mundo em constante evolução.

“O nosso intuito não é somente a instrução profissional dos jovens, mas também a formação do cidadão. Despertar neles habilidades, conhecimentos, sonhos e objetivos.”
Jaiane Mendes, gestora social do programa Aprendiz da Boa Vontade, em Brasília/DF.
De acordo com estudo conduzido pela Fundação Roberto Marinho (2022), constatou-se que 68% dos jovens envolvidos em programas de aprendizagem alcançaram sucesso ao ingressar no mercado de trabalho formal. Aliás, a pesquisa indica que ao menos 1/3 deles estão em empresas de grande porte, superando o percentual de inserção daqueles que não participam de ações educacionais.
Diante desse cenário brasileiro, a Legião da Boa Vontade (LBV) não mede esforços e investe intensamente em ações para contribuir na redução das desigualdades sociais, buscando oferecer oportunidades de crescimento para a juventude e inspirando soluções por todo o território, o que evidencia a importância da iniciativa como impulsionadora da inserção laboral.
O programa é voltado para adolescentes e jovens, de 14 a 24 anos, e tem a finalidade de promover o reconhecimento do trabalho e da formação profissional como direitos de cidadania. Além disso, busca desenvolver conhecimentos essenciais sobre o mundo corporativo, fomentar o protagonismo e a mobilização social, a participação cidadã e facilitar o acesso ao universo do trabalho. Essa iniciativa é composta por atividades práticas realizadas em empresas parceiras, juntamente com ações teóricas conduzidas nas unidades de atendimento da Instituição em Brasília/DF, no Rio de Janeiro/RJ e em São Paulo/SP.
Você sabia?
Segundo dados publicados em dezembro de 2023 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tinha cerca de 10,9 milhões de nem-nem em 2022, isto é, jovens que não estudam nem trabalham, considerando a faixa etária entre 15 e 29 anos. Trata-se de um caso crônico em nosso país, visto que há uma década não consegue reduzir esse contingente, o que faz com que enfrentem problemas sociais e de saúde emocional.
Redução das desigualdades sociais
Um dos resultados do programa é a diminuição das situações de vulnerabilidade social e a prevenção de fragilidades socioemocionais, contribuindo para a melhora da qualidade de vida do participante. Aliás, estudar também é essencial nesse processo, não é à toa que, para ser um jovem aprendiz da Boa Vontade, é preciso manter a frequência escolar em dia.
Ademais, o programa fomenta ações para que se forme “cérebro e coração”, como preceitua o presidente da LBV, o educador Paiva Netto, idealizador da Pedagogia da Instituição, na qual o ser humano é considerado em sua integralidade; portanto, a aprendizagem não ocorre somente no âmbito do intelecto, mas também no dos sentimentos e das emoções.
“O jovem é o futuro no presente! Confiemos nele.”
Paiva Netto, presidente da Legião da Boa Vontade.