Como fazer com que as crianças se interessem pelos livros

Uma boa estratégia para que que o hábito da leitura se torne familiar é associá-lo a atividades divertidas e atrativas, como contações de histórias.

A leitura é uma prática que deve ser incentivada desde cedo, antes mesmo de as crianças começarem a ler. Estranho? Nem um pouco. O simples ato de folhear um livro resulta numa série de benefícios: desenvolve a imaginação, a criatividade e a inteligência. E para que o pequeno usufrua desses benefícios, fazendo ainda com que esse hábito se torne familiar, é preciso associá-lo a atividades divertidas e atrativas.

Uma das estratégias mais utilizadas para introduzir a criança ao mundo dos livros é a contação de histórias. Quem nunca participou de uma, né? E caso você pretenda conduzir a atividade para seus filhos ou alunos, tome cuidado: uma leitura mecânica e desinteressada, contudo, não garante o êxito da missão! Para que os pequenos se sintam interessados em navegar pelo universo literário, é preciso acrescentar à narração uma boa dose de criatividade.

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“Já tive contato com vários contadores de histórias, cada um com características diferentes e despertando interesse pela história”, disse a escritora Elizabeth Christina, proprietária da Alis Editora. Viu, só? Uma obra literária, por si só, não garante uma boa contação de histórias. “Gosto muito de quando o contador aparece com uma vestimenta diferente. Conheço uma pessoa que tem umas meias listradas, um avental e uma touca. Só de chegar já desperta uma certa curiosidade e as crianças se fixam nela. São truques que já introduzem bem um contador de histórias”, explicou.

Histórias infantis – um aprendizado que encanta

A autora do livro infantil A Super Pipa ressaltou também que as histórias devem contadas com bastante ênfase, teatralidade e interação. Portanto, atenção à voz, postura e condução da atividade! “Além do tom de voz, das pausas de suspense, o olhar nos olhos é fazer perguntas sobre os personagens e o texto”, aponta.

Formando leitores

A Legião da Boa Vontade (LBV) sabe da importância da leitura para o desenvolvimento da criatividade e da imaginação. Por isso, promove constantemente esse hábito em seus Centros Comunitários e Escolas. Na capital mineira, por exemplo, a Instituição realiza esse incentivo por meio do projeto Rede do Saber. A iniciativa proporciona aos atendidos a descoberta da leitura como um ato prazeroso, estimulando-os a pensar e produzir textos em que possam expressar seus anseios e opiniões.

Mônica MendesA educadora social Jaqueline Biondo ministra, por meio do projeto Rede do Saber, uma contação de história. A iniciativa ainda contempla a identificação dos gêneros literários e produção de textos e acrósticos.

A educadora social da LBV Jaqueline Biondo está trabalhando nesta ação e inclui em seu cronograma diversas contações de histórias. Ela afirma que, ao preparar uma atividade como essa, se preocupa com os mínimos detalhes: “Eu leio até memorizar a história toda e entender a essência para realmente contar; identifico o que deve ser enfatizado e, às vezes, separo algumas coisas para agregar, como um bambu com arroz, que produz o som da chuva, e assovios que imitam cantos de pássaros”.

Crianças da LBV visitam Biblioteca Luiz de Bessa e reafirmam gosto pelos livros

A educadora conta ainda que o projeto tem colhido bons frutos. “As crianças começaram a ter curiosidades sobre a literatura, a fazer pesquisas, estão melhorando na pronúncia. Alguns gostam de fazer a leitura para que eu observe se estão fazendo as pontuações certas e isto está melhorando até a autoestima deles. Estou me sentindo realizada e instigada a continuar com mais esmero”, disse.

Ler também é se divertir!

Uma contação de histórias ministrada corretamente é o passaporte garantido para o mundo mágico dos livros. “Adoro histórias! Gosto de ler porque eu fico mais entretida e me faz imaginar mais coisas. Eu leio aqui e na minha casa. A leitura me ajuda, eu acerto mais no ditado da escola. Tudo no livro é interessante: a capa, as ilustrações, o jeito de escrever, tudo! ”, afirmou Yasmin Albertina, 10 anos, integrante do programa Criança: Futuro no Presente!.

Mônica MendesO exercício da leitura colabora em muito para o enriquecimento do vocabulário, para a pronúncia correta das palavras, a entonação de voz, entre outros benefícios.

“Quando leio aprendo outras palavras. Prefiro quando as histórias são contadas com um teatro porque nos faz divertir. Se for para eu contar, gosto de usar gravuras e o lugar precisa ser calmo”, disse a Dayane, de 11 anos. Sua colega Rebeca Santos, de 12 anos, gostou do livro Malu – convivendo com as diferenças [escrito por Julimar Chaves]. “Aprendi que todas as pessoas são iguais. Gosto de participar das histórias que têm encenação e também gosto de ouvir alguém contar”, afirmou.

Em Belo Horizonte, MG, o Centro Comunitário de Assistência Social, da Legião da Boa Vontade, está localizado na Av. Cristiano Machado, 10.765 – Planalto. Para outras informações, ligue: (31) 3490 – 8101.

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