Como celebrar Dia Mundial da Água e planejar a educação ambiental

São Paulo, SP — A possibilidade de esgostamento da água tem gerado discussões sobre o que é preciso ser feito para preservar o recurso. E engana-se quem pensa que esse debate caminha apenas no campo governamental. Nas Escolas e Centros Comunitários da Legião da Boa Vontade, a educação ambiental começa desde cedo.

Vivian R. FerreiraA atividade foi realizada com alunos dos 2º e 3º anos do Ensino Fundamental. Sabe o que é mais legal? Eles escolheram qual oficina lúdica participar. Dessa forma, a Escola incentiva o protagonismo infantil.
Neste mês de março, o Conjunto Educacional Boa Vontade incluiu em seu cronograma pedagógico uma série de atividades ambientais para celebrar o Dia Mundial da Água. Os estudos abordaram o panorama da água no Brasil e no mundo, refletindo sobre a falta d’água, o aquecimento global, a poluição, as enchentes, os deslizamentos de terra e os problemas ambientais. Além disso, levantou possíveis soluções encontradas por pessoas e países para preservar a água ou conviver com a escassez.

NAVEGANDO PELA LITERATURA

As crianças e os adolescentes mergulharam na problemática e trabalharam a crise hídrica em diversas disciplinas. Educação ambiental não está restrita às aulas de Biologia, ok? Na última semana, por exemplo, durante o Dia Literário, os estudantes dos 2º e 3º anos do Ensino Fundamental fizeram a leitura da obra Água e a vida, da coleção “Juca Brasileiro”, de autoria de Patrícia Engel Secco (Editora Boa Companhia).

Na história, Juca vai até Salesópolis, no interior paulista, para conhecer a nascente do Rio Tietê. Durante o passeio, descobre que o rio é tão limpo naquela região que é possível pescar e nadar. A informação surpreende os alunos e a leitura é paralisada. “Mas o rio não é sujo?”, diz um aluno. A professora ratifica: “Sim, mas por que ele é sujo na nossa cidade?”.  As vozes se multiplicam e todos querem dar o veredicto. No fundo da sala, uma criança pede a palavra: “Porque as pessoas jogam muito lixo nele”. A pedagoga agradece a participação e a atividade é retomada.

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As interrupções são constantes. Não pense, no entanto, que isso distrai os ouvintes. As pausas mantêm as crianças atentas à história, levantando debates e pontuando passagens da narrativa. A estratégia faz parte da primeira etapa do MAPREI (Método de Aprendizagem por Pesquisa Racional, Emocional e Intuitiva), metodologia própria da LBV aplicada em sua rede de ensino e em seus programas socioeducativos.

A criança, quando envolvida numa atividade proposta, torna-se partícipe da construção do conhecimento. Assim, a etapa é o momento inicial que propicia o entusiasmo na continuidade das ações educacionais que serão desenvolvidas. “Esse livro foi escolhido a dedo porque trata do Rio Tietê, que está tão próximo a eles. Como o tema está dentro da realidade dos alunos, eles se sentem à vontade para debater e participam ativamente da atividade”, explica a educadora Tatiane Massae, que conduziu a leitura.

ABASTECIDOS DE CONHECIMENTO

Nos dias de hoje, os pequenos conversam, com desenvoltura e embasamento, sobre muitos temas que parecem espinhosos para alguns adultos. E isso se verificou na discussão em sala de aula, após a leitura do livro. Os alunos deram uma aula de educação ambiental e destacaram que muitos problemas ocorrem por conta de ações humanas, reiterando que é preciso uma mudança de atitude para superar tais adversidades.

Vivian R. FerreiraApós a leitura, os estudantes usaram a criatividade para apresentar dicas de como economizar água.
E se falta água em algumas regiões do Brasil, o que é preciso fazer? Basta evitar o desperdício e economizar! “Se a gente não começar a mudar, a água vai acabar. E sem ela não há vida, a gente sofre e os animais e as plantas também”, atesta Roger, aluno do 3º ano.

Tatiane Massae conta que a atividade compreende a segunda etapa do MAPREI. Neste estágio, explica a professora, os estudantes “contaram o que fazem na sua família para evitar o desperdício da água e nós direcionamos essa busca individual pelo conhecimento”. Os trabalhos guiam e aprimoram o caminho intuitivo das crianças.

A educação ambiental, porém, não é feita só de teoria. A parte mais importante é a prática. E o que os alunos do Conjunto Educacional fazem para dar uma mãozinha para o planeta? “Quando lavar a mão, temos que ensaboar as mãos com a torneira fechada e fazer o mesmo no banho”, conta Keverson, também do 3º ano. Para ilustrar esse compromisso, os pequenos lotaram um painel com dicas para preservar a natureza. E você, o que faz para ajudar o mundo?

Em São Paulo, SP, o Conjunto Educacional Boa Vontade (formado pela Supercreche Jesus e Instituto de Educação José de Paiva Netto) está localizado na Av. Rudge, 630/700 — Bom Retiro. Para outras informações, ligue: (11) 3225-4500.

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