Você colabora com a LBV e quer saber o resultado da sua doação? Essa matéria é para você! 😀
Essa é uma das histórias que representa tantas outras que ocorrem pelo Brasil!

Eunice Barbosa dos Santos tem 60 anos e é aposentada. Chegou na cidade de São Paulo aos 20 anos de idade com a irmã. Saiu de Salvador, Bahia, e deixou para trás familiares e amigos.
“Eu vim procurando por oportunidade”, recorda-se.
Hoje, nossa equipe acompanhou ela até a sua casa, na comunidade do Moinho, localizada embaixo da ponte mais movimentada que liga o centro à zona norte da capital paulista. Neste local, a LBV desenvolve ações educativas e preventivas o ano todo.

Comunidade do Moinho
Ela chegou na comunidade há 20 anos, quando o número de casas improvisadas era bem menor que o atual. O trajeto, desde lá, se mantém o mesmo: atravessa a porta de entrada da comunidade e se arrisca a passar por uma linha de trem — por ali passam os vagões da Linha 8 Diamante, da CPTM, responsável por transportar meio milhão de passageiros todos os dias. O cuidado com os netos nessa hora é redobrado porque a travessia já resultou em vítimas.

A região apresenta altos índices de crimes e de uso de drogas. Por isso, dona Eunice prefere manter ela e os seis netos em casa.
“Eu não gosto de ficar passeando por aqui”.
Assim que chegamos em frente da sua casa, vimos a simplicidade com que a avó cuida dos netos.

Muito gentil, convidou a gente para entrar e começou a contar como se tornou mãe, uma das bênçãos da sua vida, segundo ela. “Eu estava perto de uma delegacia, então veio um rapaz e colocou o filho no meu colo e pediu para eu cuidar dele enquanto fosse no banheiro. Fiquei das 7 horas da manhã até à noite esperando e nada dele aparecer de volta”.
Depois de seguir os procedimentos legais para tentar entrar em contato com a família e não obter sucesso, Eunice decidiu adotar a criança. Passados os anos a família aumentou: Além do filho, a dona Eunice já tinha mais seis netos.

Infelizmente o filho não seguiu no caminho indicado pela mãe, envolveu-se com o crime e veio a falecer por ocasião dessa escolha. Foi morto com um tiro, aos 21 anos.
“Quando meu filho morreu foi uma época muito ruim. Eu não achei apoio de ninguém, nem da minha família. Eu achei apoio da LBV. Eu estava tão doida que eu dormia no meio da rua. Eu entrei em depressão e fui atrás da LBV para conseguir ajuda para distrair a cabeça”.
Foi a partir daí que a Legião da Boa Vontade começou a transformar a vida da avó.
Atendimento que acontece durante todo o ano
Chegando na LBV, que fica a quatro quadras de onde mora, dona Eunice conversou com a assistente social, contou o que estava sentindo e tudo o que tinha passado. Foi encaminhada para receber a ajuda de uma equipe multidisciplinar e começou a fazer pintura e outras aulas dentro dos cursos oferecidos pela Instituição.
“Lá na LBV ainda tem o lanchinho que eles dão, o pãozinho, o leite… Tem vez que eu até trago para os meus netos comerem. Só Jesus para abençoar vocês. Eu estou toda semana lá. Eu gosto muito da LBV, tem atividade, a gente se sente bem, é um ambiente que traz paz. Você pode entrar nervosa, mas você sai calma.”
Após alguns meses, dona Eunice já se sentia renovada de novo, tinha redescoberto o significado de respeito e amor. “A LBV me ajudou em palavras, com as atividades, com as orações para gente. Eles me ajudaram a curar da depressão. LBV para mim em uma palavra é amor. Lá a gente recebe carinho, lá a gente recebe respeito”.
Fome
A trajetória de dona Eunice até conhecer a Legião foi marcada por muitos desafios. A renda de 600 reais para avó sustentar a casa com os seis netos.

“Tenho seis bocas para alimentar além da minha. E eu falava para os meus netos que se não der para comer meio-dia, come de noite, não é? Se não conseguir comer à noite, aí no dia seguinte come.” Conta com os olhos emocionados. “Era uma luta muito difícil. Eu falava para eles que ia fazer um mingau de milho, aí eles dormiam, esqueciam, e no dia seguinte dava algum outro jeito”.

O dia mais difícil da sua vida
A avó não esconde a alegria ao contar que finalmente terá a primeira ceia de Natal com os netos. Ela lembra do passado para recordar de como foi um dos dias que ela definiu como sendo um dos mais difíceis para sua família.
“O dia mais difícil foi um que eu não tinha comida para dar. Foi um desses dias que era Natal. Eles não tinham roupa para vestir, eu não tinha comida para dar para eles. Não tinha nada. Eu abria a geladeira para ver se achava mistura e só tinha água. A gente acordava de manhã e não tinha nada, em pleno Natal“, conta emocionada.
A avó abre o sorriso ao pensar nos planos que tem para aproveitar a cesta de alimentos que ganhou da Legião da Boa Vontade. São 20 quilos de alimentos não-perecíveis e necessários para nutrir o organismo.
“Agora com essa cesta da LBV a gente come! Vou preparar uma comidinha pra eles. Aqui vou preparar o arroz de Natal, o macarrão, vou fazer polenta com o fubá de milho, com a farinha de trigo vou fazer bolo. Vai ser uma ceia de Natal que foi uma coisa que eu nunca tive e hoje vou fazer. Hoje eu tenho comida para dar para os meus netos”.

Agradecimento aos Colaboradores da LBV
Essa vai ser a primeira ceia de Natal que Eunice vai conseguir ter, por isso fez questão de registrar o seu agradecimento: “Quando eu coloco essa cesta no meu armário eu falo assim: ‘Deus, coloque no caminho dessas pessoas…’ [se emociona] Só tenho Deus e vocês. Que Deus abençoe todos os que ajudam a LBV. Que multiplique as coisas deles, que nunca falte nada, porque o que eles estão dando para a LBV serve para a gente!”.

Um milhão de quilos arrecadados!
Com a mesa farta, dona Eunice vai fazer o Natal mais feliz para ela e mais seis crianças. Essa história que acontece no coração da maior cidade do Brasil se multiplica em muitas outras comunidades e povoados do país. Pelo sertão nordestino, pelas comunidades ribeirinhas do Norte do Brasil, pelas famílias que moram em regiões alagadas no Sul e por comunidades quilombolas e indígenas do Centro-Oeste, a sua doação chegou! E fez o Natal de toda essa gente mais feliz.

A Caravana da Legião da Boa Vontade chegou em mais de 150 locais para atender famílias que vivem abaixo da linha pobreza. Assim como essa história que acabamos de conhecer, milhares de outras famílias passam por situações igualmente desafiadoras e agradecem o seu gesto de Solidariedade. Graças a você, foram arrecadados um milhão de quilos de alimentos!
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Mas, não vai parar por aí. O auxílio continua! Os laços com o povo brasileiro estão renovados para viver em 2018 um ano ainda mais marcado pela Boa Vontade!