Alerta para a situação alimentar de indígenas em Alagoas

A sua doação ajudou a alimentar dezenas de famílias indígenas que tiveram seus desafios potencializados nesta pandemia.

Já contamos por aqui como a pandemia afetou as comunidades indígenas no Brasil.

A situação alimentar e nutricional destas populações, que já era bastante desfavorável antes das medidas de isolamento social em razão da pandemia, com a crise sanitária teve seu quadro agravado.

Renata LimaO levantamento da Rede Penssan revela que a população do Norte e do Nordeste são as mais atingidas com a insegurança alimentar grave, com, respectivamente, 18,1% e 13,8% das residências nessa situação, ao passo que nas demais regiões do país cai para menos de 7%. 
E graças ao seu apoio, conforme noticiou a revista BOA VONTADE nº 263, de setembro de 2021, nós distribuímos, no Estado do Alagoas, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), mais de 19 toneladas de doações em 16 aldeias, a exemplo da tribo Karapotó, localizada na zona rural de Terra Nova, no município de São Sebastião. Lá, nossa equipe entregou dezenas de cestas de alimentos e kits de higiene e de limpeza para o grupo que enfrenta muitas dificuldades, tais como a ausência de saneamento básico, água de melhor qualidade e transporte.

Renata LimaSimone dos Santos com quatro de seus seis filhos.
Entre os atendidos está a índia Karapotó Simone dos Santos, de 35 anos, que batalha todos os dias para dar o que comer a quatro filhos. Na humilde casa, construída com o apoio da Funai, ela possui poucos móveis, entre os quais uma geladeira antiga com a porta presa por uma corda para não cair e cujo interior estava praticamente vazio quando voluntários da LBV adentraram o local. Os últimos alimentos que essa mãe possuía armazenava em um pequeno balde.

“Estou emocionada, porque eu estava precisando muito, só tinha um pouquinho [de comida]. Muito obrigada aos colaboradores da LBV! Peço a Deus que proteja eles a cada dia mais”, disse.

Simone contou que na comunidade não há água encanada e que, por isso, precisa caminhar cerca de cinco quilômetros todos os dias para buscar no açude o líquido tão precioso para ela e suas crianças. A renda da família vem do Bolsa Família e da venda de materiais recicláveis que ela cata nas ruas.

A sua doação ajudou a alimentar dezenas de famílias indígenas que sequer tinham certeza de quando ou como seria sua próxima refeição.

Nosso sincero agradecimento a você, amiga doadora e amigo doador. 🙂


Esta reportagem foi publicada originalmente na edição nº 263 da revista BOA VONTADE, de setembro de 2021. Para ler outros conteúdos desta publicação, que é gratuita, clique aqui.

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