São Paulo/SP — Na noite desta quarta-feira, 31, a Legião da Boa Vontade deu prosseguimento à edição on-line de seu 27º Congresso Internacional de Assistência Social, para debater sobre “as Organizações da Sociedade Civil de Assistência Social e a efetivação dos direitos socioassistenciais”.
Transmitido pelo canal da Instituição no YouTube — com tradução simultânea em inglês, espanhol e na Língua Brasileira de Sinais (Libras) —, o evento é destinado a profissionais atuantes nas áreas da Assistência Social e dos Direitos Humanos, representantes da sociedade civil e de movimentos sociais, além de educadores sociais, estudantes e pessoas interessadas no tema.
31 DE AGOSTO
O ciclo de palestras foi retomado pelo sr. Renato Francisco dos Santos Paula, graduado em Serviço Social e doutor em Serviço Social, que discursou sobre a “Intersetorialidade na Assistência Social, um instrumento de efetivação da Proteção Social”.
Renato Francisco, que também é professor do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Goiás (UFG) e autor de livros e artigos na área da política social, reforçou que “a intersetorialidade é um termo dotado de vários significados e isso faz com que esse tema tenha que ser discutido, debatido, problematizado, para que a gente possa sempre melhorar as nossas ações e o nosso trabalho no campo das políticas públicas, em especial no campo das políticas sociais”.
“Não apenas no Brasil, mas em vários países do mundo, temos percebido o aumento do interesse nesse tema, sobretudo porque há uma preocupação latente desses países em qualificar e melhorar os seus sistemas de políticas públicas, sobretudo os sistemas de proteção social, e a intersetorialidade se coloca como uma possibilidade de propiciar parte dessas melhorias. (…) A intersetorialidade pode ser considerada como uma prática social compartilhada, que requer pesquisa, planejamento, avaliação, monitoramento, acompanhamento, para a realização de ações conjuntas entre diversos sujeitos, entre diversos setores, das diversas políticas.
Na sequência, ocorreu a palestra sobre “As organizações sociais e as soluções locais na garantia dos direitos alimentares: uma visão global”, com o sr. Rafael Zavala, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), no Brasil.
Ele destacou que os números são preocupantes e apresentou sugestões para avançar nas políticas públicas de combate à insegurança alimentar. Segundo ele entre 2016 e 2021, em todo o mundo, a população em crise ou pior aumentou por volta de 80%, dando um salto de 108 milhões para 193 milhões de pessoas. Os choques econômicos são responsáveis por 30,2 milhões de pessoas com fome em 21 países (16% do total), e o número de países afetados por choques econômicos quase triplicou entre 2019 e 2021, devido aos impactos adversos da pandemia de Covid-19 nos meios de subsistência, rendimentos e preços dos alimentos.
“Existem quatro causas possíveis por trás da fome. A primeira e a mais forte é o conflito armado. Depois o choque econômico, choques climáticos, e choques sanitários, como epidemias. Hoje, estamos vivendo uma tempestade perfeita, porque estão acontecendo as quatro causas ao mesmo tempo, de diferentes maneiras, em diferentes regiões”, destacou.
O representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, reforça que no Brasil a fome não acontece por falta de alimentos, mas sim por falta de renda para adquiri-los. Ou seja, não é um problema derivado da produção, mas sim da pobreza (e desigualdade). A sugestão é que os governos redirecionarem os recursos para priorizar os consumidores de alimentos e incentivarem a produção, o fornecimento e o consumo sustentáveis de alimentos nutritivos, eles ajudarão a tornar alimentações saudáveis menos dispendiosas e mais acessíveis para todos.
Para finalizar o segundo dia do evento, os participantes acompanharam Painéis Temáticos sobre “Articulação em rede pela garantia de direitos socioassistenciais” e “Organizações sociais e os processos de trabalho em rede”.
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