Mãe é palavra superlativa quando se fala da gaúcha Elaine Trindade, de 46 anos. Com 10 filhos, 7 biológicos e 3 do coração, não são poucas as dificuldades que enfrentou para que a família ficasse unida. Sentimentos como amor, amizade, sofrimento e superação coexistem. Sozinha para manter seis filhos (os cinco mais velhos já saíram de casa), Elaine encontrou na unidade da LBV em Glorinha/RS o apoio tão necessário no momento em que mais precisava.
Isso ocorreu exatamente nos primeiros meses da pandemia, em 2020. A família, que vivia com um salário-mínimo advindo do Benefício de Prestação Continuada (BPC) — em razão de uma de suas meninas, a Luísa Daniella, de 8 anos, ter paralisia cerebral e autismo — e de bicos de faxina que a mãe fazia, viu a renda que já era pequena diminuir mais ainda.
“A LBV começou a me ajudar com alimentos [nessa época], materiais de limpeza, álcool em gel e máscara”, relata Elaine.
Logo depois, conseguiu vaga para três de seus filhos no serviço de convivência da LBV voltado a meninos e meninas de 6 a 15 anos de idade. Isso tranquilizou o coração dessa mãe, pois, na Entidade, eles garantem as principais refeições e têm a oportunidade de vários aprendizados e alegrias.

“A primeira a entrar na LBV foi a Paula [hoje com 10 anos]. No dia que foi [à LBV pela primeira vez], ganhou um tênis, foi o primeiro tênis novo que vestiu, veio na caixa. Então, imagina a felicidade, ela nunca havia ganhado um tênis novo sem ninguém usar antes, porque eu sempre vivi de doação, vão para a escola [com itens] de doação, pego o material escolar das crianças que não vão [usá-los mais], no outro ano [faz o rodízio de itens, reaproveitamento entre os filhos]”, enfatiza.
Situação semelhante ocorreu com os outros dois filhos que foram matriculados também na unidade, o Paulo, de 13 anos, e a Luísa Daniella, que foram recebidos com igual carinho e atenção no Centro Comunitário de Assistência Social da Obra.
“A Luísa é uma criança especial, e eu amo [que esteja na LBV], porque é tratada como os demais, nunca ninguém fez diferença”, ressalta a mãe atendida.
Sobre o desenvolvimento de sua menina, fala com grande emoção: “A médica disse que é um milagre, porque diziam que ela não iria caminhar, nem falar, mas, com 2 anos, começou a caminhar, depois a falar. Após entrar na LBV, ficou mais calma, sente-se segura por causa dessa convivência na Instituição. (…) Ela chega em casa sempre achando que ajudou, sente-se útil na LBV, ela melhorou muito, tem convivido mais com as crianças, se comunica bem, faz amizades…”, orgulha-se Elaine.

O relato dessa mãe é o reflexo de todo o carinho, atenção e apoio que é dado para milhares de mães e crianças, todos os dias, em nossas unidades. Por meio das nossas Pedagogia do Afeto e Pedagogia do Cidadão Ecumênico, nossos atendidos são tratados com igualdade e incentivados a respeitarem e amarem as diferenças. Esse é o trabalho social que você ajuda a manter! Aqui na LBV, você faz a diferença!
E pra você, que ainda não faz parte do nosso Time Solidário de doadores, o convite é especial! Ajude na manutenção das nossas unidades espalhadas por todo o Brasil! Para realizar a sua doação, basta clicar no botão abaixo.
Esse é um trecho de uma reportagem publicada, originalmente, na revista BOA VONTADE nº 281, de março de 2023. Para ler outros conteúdos publicados nesta edição da revista, clique aqui.