Na capital paulista, tem início o 14º Congresso Internacional de Educação da LBV

Até a próxima sexta-feira, 31, centenas de congressistas trocarão experiências sobre a prática docente

Vivian R. FerreiraConvidados assistem à solenidade de abertura do 14° Congresso Internacional de Educação da Legião da Boa Vontade. O evento ocorre na capital paulista, entre 29, 30 e 31 de julho e reúne educadores de todo o Brasil e também do exterior.
São Paulo, SP — Centenas de docentes, estudantes, pesquisadores, profissionais de áreas ligadas à Educação e demais interessados se reúnem no 14º Congresso Internacional de Educação da Legião da Boa Vontade (LBV), que teve início nesta quarta-feira, 29, na capital paulista. O evento tem como objetivo promover palestras e oficinas pedagógicas dentro do tema Pesquisa — Caminho para a aprendizagem significativa: uma visão além do intelecto, colaborando para a formação continuada dos participantes e visando à troca de experiências entre eles.

+ Confira a cobertura completa do 14º Congresso Internacional de Educação da LBV

O primeiro dia do evento começou com a apresentação do Coral Ecumênico e do Grupo de Instrumentistas Infantojuvenis Boa Vontade, que entoaram o Hino Nacional Brasileiro. O concerto seguiu com a execução da música “Em tons de Paz”, de autoria do maestro Nilton Duarte, na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Os dois grupos são formados por alunos do Instituto de Educação José de Paiva Netto.{glf nid:47135}

Dando sequência à solenidade, o legionário Alziro Paolotti de Paiva saudou a plateia em nome do diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto. Na oportunidade, afirmou que “o objetivo da LBV é que as instituições escolares possam atingir, juntas, a educação de excelência que tanto vislumbramos” e ainda destacou a importância de se levar em conta o sentimento dos educandos no processo de aprendizagem, ideia sempre reforçada pelo educador Paiva Netto, propositor do evento e criador da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico.

A solenidade de abertura foi prestigiada por oficineiros, palestrantes, convidados e autoridades do Brasil e do mundo, a exemplo do dr. Alberto Padova, chefe da Seção de Organizações Não Governamentais (ONGs), do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UN/Desa), do Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc). Ele está em visita oficial ao Brasil para conferir de perto o trabalho realizado pela LBV em São Paulo, SP, e no Rio de Janeiro, RJ. Italiano radicado nos Estados Unidos, ele fez questão, inclusive, de saudar os congressistas em português.

A supervisora da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, da LBV, e doutoranda em Educação pela PUC-SP, Suelí Periotto, também deu as boas-vindas aos congressistas. Em seu discurso, ela ressaltou a importância de desenvolver as habilidades investigativas do estudante e de valorizar sua bagagem espiritual durante os processos de pesquisa, visto que, assim, ele é preparado com “uma excelência intelectual que possibilita seu acesso às universidades mais concorridas, sendo motivado sempre a buscar a realização dos seus sonhos”.

Como ensina o educador Paiva Netto, “sem Instrução e Educação não há progresso. Todavia, instruir e educar não é somente ensinar a ler, a mergulhar nos livros. Trata-se, acima de tudo, de iluminar a inteligência para as funções harmônicas do ser humano na sociedade“.

Construindo o conhecimento

Para dar início ao ciclo de palestras que ocorrem nos três dias do evento, a professora Emília Cipriano, secretária-adjunta de Educação de São Paulo, SP, dirigiu algumas palavras aos presentes. Doutora em Educação e mestre em Psicologia da Educação (PUC-SP), ela explicou que existe um movimento bastante significativo na área educacional, que é a percepção de que informação não é conhecimento, ou seja, ter um rol de informações não significa, necessariamente, que a pessoa conheça. “O conhecimento se constrói quando você tem interação com os objetos do conhecimento.”

Por isso, a dra. Emília ressaltou aos congressistas a importância de saber unir as várias áreas do conhecimento científico para encontrar meios que permitam ao educando receber as informações, mas também interagir com elas, para que o conhecimento se concretize. “Professor é um artesão. Ele precisar ir ‘costurando’. Não é possível pesquisar sem fazer costuras entre autores, entre diferentes visões de mundo. Isso amplia nossa visão”, apontou. O diálogo, a inclusão, a participação, a democracia e o respeito às diferenças promovidos pelo professor são fatores imprescindíveis para a efetividade das pesquisas, de acordo com a palestrante.

A palestra da dra. Emília ainda incentivou os educadores à pesquisa multidisciplinar, levando em consideração inclusive a vida do aluno, respeitando as experiências que ele mantém fora da escola. De acordo com ela, essa estratégia facilita que o pedagogo saiba dar significado às informações que o aluno receberá na sala de aula, relacionando à realidade dele o conhecimento que está adquirindo. “Aprendizagem significativa é quando eu trabalho a teoria com o processo de reflexão permanente sobre a realidade que estou vivendo. […] Nós temos nas nossas mãos seres o tempo todo se constituindo. […] E podemos despertar esses seres para construírem um novo mundo, com outras visões, com outras leituras”, destacou.

#EducaçãoLBV

O 14º Congresso Internacional de Educação da LBV está só começando! Até essa sexta-feira, 31, você pode participar de palestras de vários especialistas da Educação e de oficinas dinâmicas e interativas. Acompanhe também as notícias sobre o evento aqui no blog e aproveite para compartilhá-las com os amigos no Facebook com a hashtag #EducaçãoLBV! =)

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