As histórias de Solidariedade multiplicam-se pelo Brasil. Em Montes Claros/MG, a repórter Leila Cristina Santos, editora do portal de notícias Webterra e assessora de comunicação do Montes Claros América Vôlei, empolga-se ao descrever as razões que a levam a querer fazer a diferença na vida das pessoas.
Ela mesma já experimentou o outro lado, o de receber apoio e ser acolhida na LBV, em meados do ano de 2004, quando tinha 10 anos de idade e entrou para o serviço Criança: Futuro no Presente!, no qual permaneceu “por maravilhosos quatro anos.” Ali, afirma, aprendeu o valor da Fraternidade na vida das pessoas:
“Inicialmente, comecei com aulas de reforço; posteriormente, eu me vi gostando tanto daquele ambiente e das pessoas que decidi ir [mais vezes], matriculando-me [nas atividades de] teatro. Depois fui me envolvendo e, quando vi, já frequentava a unidade praticamente todos os dias da semana, com aulas de capoeira, teatro, reforço, crochê e por aí vai. Às vezes não tinha cursos no dia, mas lá estava eu… A LBV se tornou uma paixão, uma obrigação, tanto quanto a escola, naquela época”.
O carinho ali encontrado mudou a sua vida. “O tratamento na LBV era realmente diferenciado. Recebemos todo um suporte no local. Além de aprender e ganhar conhecimento, lá também tínhamos alimentação e lazer. Era muito legal e prazeroso frequentar. Fiz bons amigos lá, os quais carrego pela vida até hoje. Posso dizer que a LBV foi um pilar importantíssimo para minha formação pessoal e profissional.”
Com a vida bastante corrida, Leila viu na paixão pelo jornalismo a forma de retribuir o que recebera na LBV.
“Muitas vezes não sobrava tempo para poder estar presente de forma física na unidade [da Entidade], mas o desejo de contribuir não morreu com o tempo; pelo contrário, só cresceu. Então, recentemente, em uma campanha social que criei em prol do MOC América, decidi destinar os alimentos que seriam trocados pelo ingresso para a entrada no ginásio para a LBV e assim ajudar inúmeras famílias a, assim como eu, serem também beneficiadas pela Instituição”, disse.
O bem-estar verificado em pesquisas com quem se doa ao próximo é apontado também por Leila:
“Só quem pratica sabe quão prazeroso é poder ajudar! Eu já estive no lugar das crianças que hoje são assistidas e sei quanto é bom ser bem acolhido em um local. (…) Não tinha alegria maior do que chegar uma data comemorativa ─ que, muitas vezes, talvez passaria em branco em casa ─ e na LBV ser surpreendida e receber algo. Criança se alegra e guarda para sempre pequenos gestos e gentileza. Ah! se toda criança carente pudesse ter uma LBV na vida, com certeza o mundo teria uma formação melhor, superior.”
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Esse é um trecho de uma reportagem publicada, originalmente, na revista BOA VONTADE nº 283, de maio de 2023. Para ler outros conteúdos publicados nesta edição da revista, clique aqui.
