Em tempos de coronavírus, LBV redobra atenção à saúde mental de seus idosos

Neste post, descubra quais ações foram tomadas em favor da saúde mental de nossos vovôs e vovós.

Pessoas de todo o mundo estão em quarentena devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), dificultando que esse inimigo invisível cause mais vítimas. Pessoas com mais de 60 anos de idade fazem parte do grupo de risco, juntamente com aqueles que têm diabetes, doenças cardiovasculares ou respiratórias, além dos que já realizam tratamento contra câncer.

Na Legião da Boa Vontade, o cuidado para com o bem-estar de seus atendidos é permanente. Considerando o atual cenário do planeta, a Entidade redobra a atenção para com os idosos em situação de vulnerabilidade social que se encontram em seus três abrigos, os quais se localizam em Volta Redonda/RJ e nas cidades mineiras de Teófilo Otoni e Uberlândia. 

Muitas das medidas de proteção adotadas já foram descritas em outro post. Neste, destacamos as ações que têm sido feitas em favor da saúde mental de nossos vovôs e vovós. Por enxergamos o ser humano como espírito-biopsicossocial, o aspecto psicológico desse público jamais poderia ser negligenciado.

Conscientes de suas limitações e fragilidades físicas, os mais velhos podem se sentir ainda mais vulneráveis às doenças. Totalmente isolados de familiares e amigos, os sentimentos de abandono, de inutilidade e de desesperança podem vir à tona, assim como o medo de morrer e a tristeza, emoções propicias para quadros de depressão.

Por essas e outras razões, as equipes multidisciplinares de nossos abrigos não deixam de contar com seus respectivos psicólogos, devidamente preparados para contribuir com as atividades diárias e a qualidade de vida dos idosos e colegas de trabalho.

Ainda mais paciência e carinho

Exemplo disso ocorre no Lar Vovó Ássima e Vovô Elias Zarur, unidade que está atendendo, em Volta Redonda, 41 idosos na modalidade longa permanência (atendimento 24 horas por dia).

Ao conversamos com a psicóloga Estéfani Tessaro, ela nos deu um resumo do que tem sido feito por lá, como sinalizar aos atendidos o tempo todo a questão de manter o isolamento, lavar bem as mãos, usar álcool em gel, não abraçar, não beijar e não cumprimentar com as mãos.

De acordo com ela, essa última parte é mais desafiadora, já que “eles têm a necessidade do toque, do carinho, da troca de afeto. A gente continua trocando carinho, mas agora de um modo mais distante, principalmente com palavras de conforto. (…) Os idosos lúcidos têm enfrentado o isolamento com chateação — o que é normal —, mas com consciência de que neste momento o isolamento é necessário”.

Para amenizar esse empecilho, os familiares podem telefonar para ao Lar a qualquer hora e vice-versa, já que as visitas estão interrompidas, aumentando a segurança. Um grupo de WhatsApp também foi formado com as famílias, facilitando a troca de mensagens por vídeo e áudio.

Ao belo trabalho que já vinham realizando antes da Covid-19, a colaboradora da LBV informa que uma dose a mais de paciência tem sido acrescentada por parte dos colegas: “Existem momentos em que a gente precisa orientar [os idosos menos lúcidos] uma, duas, três, dez vezes. E isso não é problema para nós. Precisamos ter ainda mais paciência, cuidado e carinho, pois essa é uma situação nova para todo mundo. Se para nós, profissionais, já está difícil acompanhar tudo o que está acontecendo — porque há acúmulo de informação —, que a gente tenha ainda mais paciência com eles”.

Hora de ser criativo

A especialista ainda deu uma dica fundamental para você, amigo colaborador (a) que está em quarentena com algum ente querido da terceira idade. Assim como na unidade da Instituição, quanto mais atividades os vovôs e vovós tiverem em casa (adequadas à idade, claro), melhor. “É importante mantê-los ocupados com uma rotina, para que não caiam na ociosidade e abram portas para outros sentimentos de ansiedade, depressivos, porque o isolamento social tende a ter um peso maior para os idosos em função de já não serem tão ativos. Precisamos dar apoio a eles neste momento, para que não sintam o isolamento como uma solidão”, destaca Estéfani.

Por isso, acompanhe o idoso que você ama em “atividades ocupacionais, como caminhadas dentro de casa ou no quintal, por exemplo. Mantenha ele ativo, em movimento”, pontua a psicóloga. Opções de entretenimento realmente não faltam: se possível, prepararem receitas juntos na cozinha; plantar pequenas hortaliças ou temperos; revisitar álbuns de fotos; conversar sobre a própria história da família e descobrir curiosidades; realizar vídeochamadas com entes queridos e amigos; cantar; dançar; realizar contação de histórias; brincar com jogos lúdicos; ajudar as crianças em matérias que lhes são difíceis na escola; fazer artesanatos… Ufa! Haja possibilidades! 

Mas lembre-se: seja lá o que forem aproveitar, que seja com muito, muito amor e carinho. Se pensarmos bem, só por ficar mais unidos a quem amamos, valorizando a presença dessas pessoas conosco, já estamos vencendo a Covid-19 e todo obstáculo para uma vida equilibrada.

Gratidão

E claro que não poderíamos deixar de agradecer a você, colaborador (a), por financiar as empreitadas solidárias da LBV “por um Brasil melhor e por uma humanidade mais feliz”.

Com sua ajuda financeira, estamos há 70 anos de portas abertas, enfrentando toda e qualquer dificuldade para socorrer os que mais precisam de ajuda, fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. Seguimos contando com seu apoio. =)

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