“A LBV foi essencial para eu lidar com a dor da perda”

Com parte da renda comprometida com remédios, idosos encontram na LBV o apoio para superar a perda da filha para a Covid-19.

No bairro Nossa Senhora de Nazaré, em Natal/RN, encontramos Maria das Graças Felipe do Nascimento, de 68 anos.

Kauã Roger     
Dona de casa aposentada, ela e o marido tiveram três filhos, dos quais apenas dois se encontram entre nós, já que Maraísa, infelizmente, faleceu aos 35 anos, no dia 15 de maio de 2020, infectada pelo novo coronavírus. Como se pode imaginar, desde então, a mãe tem sentido “muita dor, muita tristeza. Nunca pensei que enterraria uma filha. E enterrei sem poder dar meu último adeus”, lamentou.

Kauã Roger“Vim saber quanto a LBV realmente é importante na minha vida com a perda da minha filha”.
A morte precoce de Maraísa tem afetado sobremaneira a saúde da família. Maria das Graças e o marido, José Inácio Filho, passaram a tomar muitos remédios controlados, e apenas um deles custa cerca de 400 reais, o que reduz a renda do lar, oriunda da aposentadoria do casal. Ela ainda realiza tratamento psicológico e psiquiátrico, assim como o filho, Sulivan Felipe Inácio, que desenvolveu Síndrome do Pânico.

“A gente não pôde nem se aproximar [dela]. Meu filho foi quem reconheceu por duas vezes o corpo. (…) Ele diz que a imagem que viu nunca mais vai esquecer. (…) É uma situação muito difícil. (…) Essa doença [Covid-19] é muito triste, humilhante. Eu não fiquei com a saúde que tinha [antes do ocorrido]”, afirmou a mãe, tentando conter as próprias lágrimas.

Mensalmente, a atendida, que também integra o serviço Vida Plena, recebe cesta de alimentos e kit de limpeza e de higiene, itens que reforçam, respectivamente, a segurança alimentar e a proteção sanitária.

Kauã Roger    
Para lidar com tantas mudanças inesperadas, conta com o apoio da equipe da Instituição na cidade:

Gosto muito de vocês todos da LBV. Adoro vocês. Vim saber quanto a LBV realmente é importante na minha vida com a perda da minha filha, porque elas [gestora, psicóloga e assistente social] me deram muito apoio, muitas palavras de conforto. Sempre me visitam para saber como estou. Dou graças a Deus pela LBV! Quase toda semana recebo um telefonema [do Centro Comunitário]. Sou muito grata à Entidade”.

Católica fervorosa, com uma foto de Maraísa e um terço em mãos, declarou continuar acreditando no futuro, mesmo após tudo o que aconteceu. “É por isso que estou aqui em pé: depois da morte da minha filha, eu sofri e sofro, mas confio muito no Senhor. Tenho muita fé em Deus! Tudo isso vai passar”, finalizou.


Esta matéria foi publicada originalmente na revista BOA VONTADE nº 260. Para acessar outros conteúdos desta e de outras edições, clique aqui.

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