
A alegria deles em meio a um ambiente cercado de verde é algo que emociona e encoraja, ao mostrar a possibilidade de as pessoas se relacionarem de forma construtiva e harmônica com a Natureza. A iniciativa é fruto de décadas de trabalho em defesa ao meio ambiente e do cuidado com o ser humano, em especial com os mais vulneráveis, características da ação da LBV em todo o Brasil.

Não é sem motivo que um dos nossos lemas da é este pensamento do nosso presidente, o jornalista e educador Paiva Netto:
“Educar. Preservar. Sobreviver. Humanamente também somos Natureza”.
Atualmente, cerca de 70% da propriedade, que possui quase um milhão de metros quadrados e foi doada à LBV na década de 1960, compõe-se de mata nativa e de espécies procedentes de reflorestamentos.

Refletir sobre o meio ambiente
Segundo a educadora Maria Angélica Nunes de Souza, os atendidos são convidados, quase que diariamente, “por meio de atividades lúdicas e conversas, a refletir sobre a nossa relação com o meio ambiente”.

Ela destaca duas oficinas que têm esse objetivo: a de Cidadania Ecumênica, em que ocorrem essas reflexões, e a de Arte e Cultura, na qual a garotada realiza a confecção de brinquedos, jogos e artesanatos com materiais que seriam jogados fora, além de incentivar o contato com a terra, com a aprendizagem na horta, no pomar e no Jardim Botânico José de Paiva Netto.
A exemplo de Amanda, várias outras gerações têm sido beneficiadas com as atividades promovidas no Centro Comunitário da LBV em Glorinha, entre as quais Dafiny Nathaly, de 10 anos, que tem mais dois irmãos inscritos no mesmo serviço. Ela também se apaixonou pelo lugar:
“Eu gosto muito da Natureza, das atividades de cuidar do meio ambiente. Aqui é como um paraíso, porque a LBV é sensacional por dentro e por fora”.
Apesar da pouca idade, está atenta às mudanças no clima da Terra e se preocupa: “Isso que está acontecendo é uma reação da Natureza ao que a gente faz para ela, poluindo, desmatando… Quando crescer, quero trabalhar com pesquisa para evitar esses efeitos [catastróficos]. Na LBV, eu aprendi a amar o meio ambiente”.

Essa matéria foi publicada originalmente na revista BOA VONTADE nº 272, de junho de 2022. Para ler outros conteúdos desta edição, clique aqui.