Ajuda necessária a quem vive da informalidade

LBV distribui alimentos a catadores de material reciclável do bairro de Águas Lindas, em Ananindeua.

A LBV entregou dezenas de cestas de alimentos não perecíveis a profissionais da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis Amigos do Lixão (Coopalix) que residem na comunidade Santana de Aurá, no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua.

Ana Paula Ferreira    
Cada cesta contém arroz, feijão, óleo de soja, açúcar, macarrão, farinha de mandioca, fubá, farinha de trigo e de milho e sal. Uma ajuda providencial, já que a pandemia gerou escassez de trabalho e afetou profundamente a renda destas famílias.

“Esse apoio que veio para a gente é uma bênção. Muitas pessoas estão desempregadas nesta pandemia, precisando de um arroz, um feijão, e não tem. Moro com a minha mãe, minha filha e minha irmã, passando dificuldades. Agradeço a Deus e a vocês por terem dado essa ajuda a nós”, disse Jocinelma Monteiro de Sousa, catadora beneficiada pela ação solidária.

O trabalho no Depósito de Lixo Metropolitano de Belém é extremamente desafiador. Toda a coleta é manual, sem nenhum auxílio de instrumentos ou máquinas. Além disso, os resíduos são armazenados nos quintais das moradias, aumentando os riscos à saúde e de contaminação do ambiente.

Ana Paula Ferreira   
Os ganhos deste árduo e arriscado trabalho, contudo, mal cobrem as despesas familiares — e caíram bastante na pandemia.

“Dependemos do lixão, é nosso único trabalho e meio de sustento. Os mais novos tiram, em média, 150 a 200 reais por semana. Já os mais velhos tiram de 80 a 100 reais, essa é a média. Por dia, recebem de 20 a 40 reais. Essas doações chegaram em perfeita hora, vão ajudar muitas famílias em torno do lixão que estão passando fome”, explica Silvia Cristiana Oliveira, coordenadora da Coopalix.

Fundado em 1991, o aterro sanitário recebe, de maneira desordenada, todo o lixo coletado da capital e de Ananindeua e Marituba, tornando-se uma grande área de depósito de resíduos sólidos a céu aberto.

Ana Paula Ferreira    
Graças à sua doação, estes trabalhadores terão o que comer neste momento difícil. A você, Silvana mandou o seguinte recado:

“Agradecemos de coração esta ajuda, não somos vistos por muitas pessoas, somos criticados por sermos catadores. O pouco que conseguimos aqui não dá nem para sustentar nossas famílias. Essas cestas vão ajudar pessoas que realmente necessitam de ajuda.”

Nesta ação, a LBV contou com o apoio da Companhia Azul Linha Aéreas e do programa Mesa Brasil, do Sesc, que complementaram este atendimento ao doarem, respectivamente, amendoins e pacotes de bolachas e massa para bolo.

Ana Paula Ferreira
Desde que a pandemia foi declarada pela OMS, em março de 2020, a LBV intensificou seu trabalho humanitário, atuando em favor de populações de zonas rurais, comunidades quilombolas, aldeias indígenas, assentamentos e favelas, que integram minorias étni­cas e sociais e estão mais suscetíveis à Covid-19.

Este atendimento emergencial é complementado pelas atividades lúdicas e educativas promovidas pela LBV de forma remota, pelo celular.

Ana Paula Ferreira    

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